“SE ALGUÉM TE FERIR NA FACE DIREITA”
“Digo-vos que não resistais ao mal”.
Quando Jesus diz tais palavras, Ele não quis dizer que soframos por contendas fúteis, já que o mal sugere imperar, pleno, no Planeta. Antes, Jesus disse que não nos curvemos ao mal. Jesus pede que não nos igualemos a ele, para que não percamos a evolução que já conseguimos. Quando não resistimos ao mal, vencemos.; porque o mal quer justamente que nos entreguemos à cólera.
Quando Jesus traz tais palavras de ensinamento, já havia provado de muitas humilhações. No entanto, Ele simplesmente “lavou os pés dos Apóstolos”. Jesus já havia calado diante de injúrias, já havia sofrido censuras, mas preferiu dizer com serenidade que os seus deveriam estar purificados e serem humildes como Ele. E Jesus fez isso quando estava partindo para a crucifixação.
***
Tal assertiva: “Se alguém o ferir na face direita, oferecei-lhe também a outra”, nos faz refletir também, sobre a prática da ponderação.
Muitas vezes, encolerizados, acabamos ferindo, estragando neurônios que não serão restituídos, e, mais tarde, percebemos que aquela discórdia, aquele tapa retribuído, aquela ofensa revidada, estragou profundamente uma relação, que, muitas vezes, foi a que se apresentou para nossa tarefa em evoluir.
Algumas vezes, somos acometidos por situações que não estamos preparados – mas quase nunca estamos preparados - porque não começamos o dia com o olhar voltado para Jesus.
Acordamos já atrapalhados nas preocupações diárias, e não nos damos conta que não nos organizamos para elas. Nem para nós. Daí, o primeiro aborrecimento, a primeira má palavra, já nos tira do sério – e revidamos.
Não revidar uma ofensa, um mau trato, uma repugnância é oferecer a outra face. Jesus não exigiria de nós alguma coisa que não temos capacidade de praticar. Jesus só nos pediu o que podemos exercer – o que nos falta é vontade.
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem". - Paulo. (Romanos, 12:21)
O que Jesus nos ensina e solicita que aprendamos (mas que muito mais, pratiquemos) diz respeito à lição de sermos seres bons, e, de fatoseres humanos, diferentes daqueles seres que não trazem a demanda do raciocínio.
Francisco de Assis dizia que “ninguém se torna humilde, sem passar pela humilhação”. Nosso querido irmão e amigo Francisco Cândido Xavier, não seguiu tal conselho até o final de sua vida?
Então, o que a princípio nos parece situação mortificante, trata-se, antes, de ocasião para nosso crescimento moral trilhando o aperfeiçoamento espiritual na prática da humildade.
CENTRO ESPÍRITA CLAUDIONOR DE CARVALHO
REFLETINDO SOBRE AS LIÇÕES DE JESUS CRISTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário