sábado, 30 de junho de 2012

Uma década após Chico Xavier

Uma década após Chico Xavier

Há dez anos, no dia 30 de junho, partia para o mundo espiritual o médium espírita Francisco Cândido Xavier. Com a idade de 92 anos, dos quais 75 anos dedicados a tarefas espíritas, Chico Xavier completou uma existência de dedicação ao bem.
Nas duas cidades em que residiu fundou centros espíritas e empreendeu inúmeras tarefas de assistência à população carente e ao diuturno atendimento espiritual às pessoas que o procuravam sedentas de consolo, esclarecimento e orientação espiritual, inclusive, milhares de famílias, carregando a dor da perda de familiares, dando origem às chamadas cartas familiares e centenas delas foram agrupadas em livros.
Pela sua psicografia -, Chico Xavier foi intermediário para a elaboração de 450 livros, sendo autores ou co-autores milhares de espíritos. Neste mês de julho transcorrem efemérides significativas relacionadas com a vida de Chico Xavier e com a história do Espiritismo. No dia 8 de julho completa-se os 85 anos da primeira psicografia do então jovem médium, pois contava apenas 17 anos de idade. No mesmo mês, transcorrem aniversários de lançamentos de duas importantes obras psicográficas: 80 anos da obra inaugural “Parnaso de Além Túmulo” e 70 anos do romance histórico “Paulo e Estêvão”. Este seu primeiro livro, poemas de conhecidos autores portugueses e brasileiros, suscitou manifestações favoráveis de membros da Academia Brasileira de Letras e da imprensa da época. O Conselho Espírita Internacional tem editado livros mediúnicos de Chico Xavier em sete idiomas.
A Federação Espírita Brasileira tem promovido o seminário alusivo à sua obra prima: “Os trabalhadores espíritas e os primeiros cristãos, à luz da obra Paulo e Estêvão“, pelo país e em sua sede.
A vida e obra de Chico Xavier tem sido transformada em filmes e uma nova película será lançada no dia 31 de agosto, em cinemas de todo o Brasil: “E A Vida Continua…” É baseado no livro de mesmo título, de autoria do Espírito André Luiz.  Aliás, o livro citado já foi adaptado para novela – “A Viagem”, exibida duas vezes, pela antiga TV Tupi e pela TV Globo.
Chico Xavier, mesmo com toda a projeção de sua mediunidade e de sua obra, sempre se manteve simples, humilde, atencioso e desprendido. No ano de 1977, quando se comemorava os 50 anos de seus labores mediúnicos ele declarou em uma das entrevistas: “Sou sempre um Chico Xavier lutando para criar um Chico Xavier renovado em Jesus e, pelo que vejo, está muito longe de aparecer como espero e preciso…” (Perri de Carvalho, Chico Xavier – O homem e a obra. São Paulo: Ed. USE, 1997).
Uma década após sua desencarnação Chico Xavier é uma referência nacional, como exemplo de dedicação ao esclarecimento espiritual, ao bem e à paz.
Antonio Cesar Perri de Carvalho – Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira no exercício interino da presidência.

Boa tarde, meus irmãos e irmãs!
Em homenagem ao nosso querido e saudoso Chico Xavier, o nosso tema semanal será sobre a sua história de vida.
Há 10 anos, Francisco Cândido Xavier, o maior médium da história, apóstolo do espiritismo, o amigo de Jesus e de todos os sofredores, desencarnou após 92 anos de uma existência dedicada exclusivamente ao bem. Foi o legítimo continuador da obra kardequiana e a prova viva de que o evangelho de Jesus pode e deve ser vivenciado em plenitude.
Tenham um fim de semana cheio de amor, paz e luz!
Deus abençoe e ilumine todos vocês!
Acreditem nos seus sonhos, não desistam, e sim persistam. Tudo dará certo! O Amor de Deus é maior.
Abraços de luz,




 




quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mensagem ::

PONTOS PARA OS CÔNJUGES

Reconhecer que o outro é um espírito por si, com ideais e tendências diversas.

Jamais abandoná-lo aos próprios deveres e lutas, alegando que possui tarefas diferentes.

Apoiá-lo nas esperanças, para que as realize.

Afastar dele quaisquer assuntos tendentes a turvar a confiança recíproca e aceitar a importância do problema sexual de um para o outro.

Evitar rixas e discussões e não assumir compromissos fora de casa sem ouvir-lhe a opinião.

Entender que o amor inclui o respeito, a cortesia, a afabilidade e a discrição.

Fugir do relaxamento e do desperdício.

Adaptar-se ao nível econômico e social em que estão, embora devam trabalhar por melhorá-lo.

Não constranger a vocação dos filhos e não enganá-los com respostas ociosas.

Não sacrificar a harmonia e segurança do lar sob pretexto de exigências religiosas ou sociais.

O matrimônio é uma escola e devem os cônjuges fazer quanto possível para que não seja alterado o programa aceito, ao reencarnarem, com separações reconhecidamente desnecessárias.

André Luiz / Médium Chico XavierLivro: O Sol Nas Almas (extrato) - Ed. CEC

Sono e Sonhos ::

Sonhos com entes queridos
Às vezes sonhamos frequentemente com entes queridos que já desencarnaram. O que esses sonhos significam?

Sono e Sonhos ::

Atividade Noturna do Espírito (Desdobramento)

Aluney Elferr Albuquerque Silva

Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.
P-400 “O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? - É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.
P-401 “Durante o sono a alma repousa como o corpo? - Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.
P-403 “Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? - Pelos sonhos.
O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.
O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.
O sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes, “mestres” etc.
Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafetos desta ou de outras vidas.

Preparação para o Sono

Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.
Façamos um preparo para o nosso repouso diário:
Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.
Mental Espiritual - leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.
Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.

Perispírito e Desdobramento

Embora, durante a vida, o Espírito seja fixado ao corpo pelo perispírito, não é tão escravo, que não possa alongar sua corrente e se transportar ao longe, seja sobre a terra, seja sobre qualquer outro ponto do espaço. (Allan Kardec , A Gênese, Cap. XIV, It 23).
Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, conclui: A melhor prova de existência do perispírito é mostrar que o homem pode desdobrar-se em certas circunstâncias.

Desdobramento

É o nome que se dá o fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.
O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer. O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.
Os desdobramentos podem ser:

a) conscientes : Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento. Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante. Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.

b) inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.

c) voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências. É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.

d) provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos, agentes desencarnados ou até mesmo encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios. Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.

e) emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo. O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se.
Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.

e) emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.

Sono e Sonhos ::

O Sono e os Sonhos

Cláudio Lourenço de Almeida
 O LIVRO DOS ESPÍRITOS Capítulo VIII - DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos Visitas espíritas entre pessoas vivas Transmissão oculta do pensamento (Perguntas 400 à 421)

O corpo descansa... acontece o sono, o cochilo, ou mesmo não tendo nada para fazer fisicamente e estando só, o encarnado entra no seu costumeiro fluxo de pensamentos e sua alma, exclusiva e divinamente vinculada ao seu corpo, se vai. Neste momento a alma não necessita da presença física de seu corpo. A alma vai se relacionar. Vai aprender, vai fazer, vai ensinar, vai visitar, vai ajudar, vai a outros mundos permitidos, vai rememorar anteriores encarnações...mas tudo isso com o consentimento de Deus. Toda essa restrita mas salutar liberdade propicia à alma a oportunidade ideal de burilar-se no relacionamento, burilar-se na vida, consigo mesmo e com seus irmãos espíritos.
O sono chegou, momento do espírito encarnado, da alma, libertar-se do corpo até que se faça necessário seu retorno por mecanismos particulares da natureza do homem ou mesmo por situações adversas. Situações estas decorrentes talvez de forte emoção ou mesmo situações críticas em que se faça necessário o seu retorno ao corpo, passando este corpo a estar acordado ou mesmo ainda entorpecido pelo sono.
O sonho é a lembrança do que o espírito vivenciou durante o sono. Por vezes encontramos irmãos que o relatam como um sonho completamente descabido. Em outras vezes, e não raro, transmitindo profunda sensação de amor e fraternidade, de perdão, de reconciliação, de simpatia, de amizade. Também acontece o caso de se acordar, tomado por sentimentos angustiantes, sofridos, um pesadelo.
É muito importante e aconselhável, que antes de adormecer possamos sentir algo de elevado em nossos pensamentos, algo que nos faça crer que o Pai Celestial, misericordioso e justo, representado por seus mensageiros de luz que desde o nosso nascimento, conhecendo nossa história, estão sempre conosco e que eles são capazes de nos conduzir a nossa inescapável evolução moral e intelectual. Orar antes de repousar nosso corpo cansado é uma prática que produz maravilhas à nossa saúde física e mental.
Cuidado. Quando um problema à resolver nos deixa muito preocupado, existe ainda uma forte tendência de buscarmos, em qualquer ocorrência, situação ou fato, uma associação com o problema. É necessário equilíbrio e bom censo, é necessário vigiar. Pois senão, o nosso pensamento ao transpassar o prisma da verdadeira vida, erroneamente imprime apenas vibrações carregadas de maus pensamentos, como o duelo, a mentira, a malícia, ou apenas o medo... o medo da incerteza, o medo do amanhã. Creiamos pois que o equilíbrio é um dos ingredientes para a nossa harmonia interior e exterior. Equilibremos nossos pensamentos filtrando as idéias que passam, rejeitando as idéias fundamentadas em orgulho, egoísmo, ciúmes, vaidade. Adote as idéias fundamentadas na fraternidade, piedade, perdão, reconciliação e caridade, transforme-as em pensamentos e esses pensamentos em atitudes em ações. Leia algo edificante. Acreditem, esse procedimento já salvou e continua salvando muitas vidas.
O que pensar ? O que concluir de um sonho que tivemos ? Simples! Se lembrarmos do contexto e pudermos extrair uma conclusão baseada em atitudes coerentes com nosso estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo, foi um aprendizado com bons mestres. Caso seja um sonho sem nexo, cheio de incoerências físicas, aberrações, ilógico e irreal, provavelmente este desaparecerá de nossa mente. Aconteceu o esquecimento de trechos e passagens da vivencia de nossa alma talvez até mesmo em mundos regidos por outras leis físicas que apenas à nossa alma importa seu significado. Caso o sonho nos revele sensações de vaidade, orgulho, ganância, medo... Reflita sobre seus pensamentos e ações, ore pedindo que te seja dado entendimento a algo que ainda não percebeu. Repense seus passos com apenas amor no coração, encontre-os e de início à reparação dos erros cometidos pois sempre ainda haverá mais uma chance. Descubra, você mesmo, que você quer, pode e vai se aprimorar.
O sono nos propicia o recreio para nossa alma cerceada pelo corpo, a universidade para nosso espírito em busca do estudo orientado, o hospital para nossa alma desregrada, a casa de caridade para o nosso espírito carente. Assim pois é o sono, uma dádiva de Deus a seus filhos encarnados.
Quando a alma está liberta, ela está liberada para se relacionar e pode se encontrar com outras almas, outros encarnados, bem como também com espíritos desencarnados. Sua alma vai conviver na sociedade dos espíritos. Vai buscar e ser encontrada por aqueles que lhe são simpáticos aos pensamentos.
O estado espiritual da alma, do encarnado, ditará o tipo de companhia a que ele estará acessível. Veja bem! Sempre, sempre, sempre, os bons espíritos emitem boas vibrações mas apenas as capta aquele que vibrar junto com elas. Entre os encarnados, os encontros e as visitas de almas se dão por simpatia ou por necessidade. Por vezes a simpatia e a necessidade pode ser interpretada como afinidade e conseqüência no caso de baixarmos a vigilância para os irmãozinhos pobres de espírito onde certamente teremos como conseqüência suas companhias por afinidade de maus pensamentos.
A linguagem dos espíritos é o pensamento. De nossas almas emanam pensamentos. Nossas almas se comunicam conforme o grau de simpatia que trocam entre si, e que pode se dar até mesmo entre duas almas em estado de vigília. Digo, duas pessoas espiritualmente simpáticas entre si, dialogam, se comunicam sem o saberem a ponto de se fazer conhecer até mesmo informações resguardadas no mundo carnal. Nossas almas, espíritos encarnados, na grande maioria das vezes impuros, pensam diferente com a alma emancipada, pensam à melhor.
Enfim, nosso destino é o de conhecermos uns aos outros, aprendermos uns com os outros e trabalharmos juntos em prol de nós todos, despertos ou adormecidos. A vida é Relacionamento, é mais que um, é fraternidade.

(Publicado no Boletim GEAE Número 312 de 29 de setembro de 1998)

Sono e Sonhos ::

PERANTE  OS  SONHOS
André Luiz


Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico,
sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles.
Há mais sonhos em vigília que no sono natural.
Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho
Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.
Objetivos elevados, tempo aproveitado.
Acautelar-se quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara.
O Espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.
Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância.
A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.
Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal.
A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão.
Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.
O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações.
 
“E rejeita as questões loucas...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 2:23.)
 
Ditado Pelo Espírito - André Luiz - Psicografia Waldo Vieira