domingo, 10 de junho de 2012

Evangelho aos domingos ::

Queridos irmãos, que a paz do nosso Senhor Jesus esteja em nossos lares e em nossos corações.

Desejo uma semana de luz, paz e alegria para todos.

Fiquem com Deus e os anjos.

Boa noite!!!

Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo 22 – NÃO SEPARAR O QUE DEUS JUNTOU - tradução J. Herculano Pires

Indissolubilidade do Casamento

            1  E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o e dizendo: É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa? Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? E disse: Por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou. Replicaram-lhe eles: Pois por que mandou Moisés dar o homem à sua mulher carta de desquite, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim. Eu, pois, vos declaro, que todo aquele que repudiar sua mulher, se não for por causa da fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que o outro repudiou, comete adultério. (Mateus, XIX: 3-9)
            2 – A não ser o que procede de Deus, nada é imutável no mundo. Tudo o que procede do homem está sujeito a mudanças. As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países; as leis humanas, porém, modificam-se segundo os tempos, os lugares, e o desenvolvimento intelectual. No casamento, o que é de ordem divina é a união conjugal, para que se opere a renovação dos seres que morrem. Mas as condições que regulam essa união são de tal maneira humanas, que não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois países em que elas sejam absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas não tenham sofrido modificações através dos tempos. Resulta desse fato que, perante a lei civil, o que é legítimo num país e m certa época, torna-se adultério noutro país e noutro tempo. Isso porque a lei civil tem por fim regular os interesses familiais e esses interesses variam segundo os costumes e as necessidades locais. É assim, por exemplo, que em certos países o casamento religioso é o único legítimo, enquanto em outros o casamento civil é suficiente.
            3 – Mas, na união conjugal, ao lado da lei divina material, comum a todos os seres vivos, existe outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, e exclusivamente moral, que é a lei do amor. Deus quis que os seres se unissem, não somente pelos laços carnais, mas também pelos da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se estenda aos filhos, e para que sejam dois, em vez de um, a amá-los, tratá-los e fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, é levada em conta a lei do amor? Absolutamente! Não se consulta o sentimento mútuo de dois seres, que se atraem reciprocamente, pois na maioria das vezes, esse sentimento é rompido. O que se procura não é a satisfação do coração, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: todos os interesses materiais. Quando tudo corre bem, segundo esses interesses, diz-se que o casamento é conveniente, e quando as bolsas estão bem equilibradas, diz-se que os esposos estão igualmente harmonizados e devem ser muito felizes.
            Mas nem a lei civil, nem os compromissos que ela determina, podem suprir a lei do amor, se esta não presidir à união. Disso resulta freqüentemente, que aquilo que se uniu à força, por si mesmo se separa, e que o juramento pronunciado ao pé do altar se torna um prejuízo, se foi dito como simples fórmula. São assim as uniões infelizes, que se tornam criminosas. Dupla desgraça, que se evitaria se, nas condições do matrimônio, não se esquecesse à única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei do amor. Quando Deus disse: “Serão dois numa só carne”, e quando Jesus advertiu: “Não separe o homem o que Deus juntou”, isso deve ser entendido segundo a lei imutável de Deus, e não segundo a lei instável dos homens.
            4 – A lei civil seria então supérflua, e deveríamos retornar aos casamentos segundo a natureza? Não, certamente. Porque a lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesse familiais, segundo as exigências da civilização, e eis porque ela é útil, necessária, mas variável. Deve ela ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como o selvagem. Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina decorrem dos preconceitos sociais e não da lei civil. Esses preconceitos, embora ainda vivazes, já perderam o seu domínio sobre os povos esclarecidos, e desaparecerão com o progresso moral, que abrirá finalmente os olhos dos homens para os males incontáveis, as faltas, e até mesmo os crimes que resultam das uniões contraídas com vistas apenas aos interesses materiais. E um dia se perguntará se é mais humano, mais caridoso, mais moral, ligar um ao outro, dois seres que não podem viver juntos, ou restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número das uniões irregulares.

Comentário: 
Boa noite meus irmãos, hoje vemos novamente a sabedoria e a moral de Cristo. Vemos no nosso dia a dia muitas histórias sobre casais onde é descoberto que um dos membros estava tendo um caso com outra pessoa. Isso é presenciado com tanta frequência, que até consideramos como algo normal, errado, mas normal. “Mais de 50% dos casamentos terminam em divórcio”, muitas pessoas já ficam juntas pensando no que vão fazer ou como vão fazer quando se separarem... Isso não está certo. Acreditemos, meus irmãos, na santidade do matrimônio, isso não é algo que é feito por diversão, é algo sério. Comprometer-se com uma pessoa, então certifique-se que vocês se amam de verdade. 

Quando estamos dentro de casa com nossas famílias é que devemos mostrar o correto, quantos pais e mães ficam por ai incentivando seu filho a ser promíscuo, ficando orgulhosos falando “meu filho tem tantas garotas”, e mostrando isso como se fosse algum tipo de vantagem. Não é. A espiritualidade sempre nos mostra que tu colhes o que planta, um garoto que vive a vida sem se comprometer a ser fiel, no futuro não terá ninguém com quem compartilhar de seus momentos felizes, nem consolá-lo nos momentos tristes, nem acalmá-lo nos frustrantes e nem amá-lo incondicionalme
nte.
"O casamento é compromisso espiritual previamente negociado e acertado, ainda que nem sempre aceito de bom grado pelas partes envolvidas. São muitos, senão maioria, os que se unem na expectativa de muitos anos de turbulência e mal-entendidos porque estão em débito com o parceiro que acolhem, precisamente para que se conciliem se ajustem, se pacifiquem e se amem ou, pelo menos, se respeitem e estimem."
A Doutrina não defende a tese da indissolubilidade do casamento. O divórcio não é contrário a lei de Deus, mas a rigor não deve ser facilitado. O casamento será sempre um instituto benemérito. É bem verdade que existem uniões extremamente complicadas e Deus jamais institui princípios de violência. Nestes casos, com o objetivo de evitar situações que agravem mais ainda os próprios débitos, dispõem os cônjuges da faculdade de interromper, recusar, modificar ou adiar o desempenho dos compromissos que abraçaram pelo matrimônio.
O divórcio, pois, baseado em razões razoáveis, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica. Submetidos às vezes aos limites máximos da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, se valha do divórcio por medida radical contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino, como ensina Emmanuel no livro "Vida e Sexo".
 
Por isso, meus irmãos, tenhamos cuidado com nossas ações, só façamos aos outros o que queriam que fizessem conosco. Fiquem bem, uma boa noite.
Abraços de luz.

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