quarta-feira, 20 de junho de 2012

Atuais aflições, vidas passadas ::

AFLIÇÕES  EXCEDENTES
Emmanuel
Diante da orientação espírita que te esclarece, não te afastes da lógica, a fim de que não te gastes sem proveito, embaraçando o orçamento das próprias forças com aborrecimentos inúteis.
Diariamente, batem às portas do Além aqueles que abreviaram a quota do tempo que poderiam desfrutar na Terra, adquirindo problemas da desencarnação prematura.
É que, por toda parte, transitam portadores de aflições excedentes. Não satisfeitos com as responsabilidades que a existência lhes impõe, amontoam cargas de sofrimentos imaginários.
Há os que percebem salário compensador e desregram-se na revolta, porque determinado companheiro lhes tomou a frente no destaque convencional, muitas vezes para sofrer o peso de compromissos que seriam incapazes de suportar.
Há os que dispõem de excelente saúde, com atividades leves nos deveres comuns, arrepelando-se, desgostosos, por verem adiado o período de férias, quando, com isso, estão sendo desviados de experiências impróprias e que seriam fatalmente impeiidos pelo repouso inoportuno.
Há os que possuem recursos materiais suficientes ao próprio conforto e se lastimam, insones, por haverem perdido certo negócio que lhes conferiria maiores vantagens, dentro das quais talvez viessem a conhecer a criminalidade e a loucura.
Há os que colecionam gavetas superlotadas de adornos caros e caern no desespero com a perda de uma jóia de uso pessoal, cujo desaparecimento é o meio de situá-los a cavaleiro de possíveis assaltos da cobiça e da violência.
E existem, ainda, aqueles outros que se abastecem no guarda-raupa recheado e gritam contra o costureiro que se clesviou do modelo encomendado; os que são donos ele casa sólida e adoecem por não conseguirem abatê-la, de pronto, a fim de reconstruí-la segundo novos caprichos; os que se aboletam em automóvel acolheàor, mas inquietam-se por não poderem trocá-la, de imediato, pelo carro de último tipo; e os que se sentarn à mesa provida de cinco pratos diferentes e encolerizam-se por não encontrarem o quitute predileto.
“Bem-aventurados os aflitos!” – disse Jesus.
Felizes, sim, de todos os que carregam seus fardos com diligência e serenidade, mas estejamos convictos de que toda aflição excedente complica o itinerário da vida e corre por nossa conta.
  Do livro Aulas da Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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