terça-feira, 24 de abril de 2012

Pluralidade das existências ::

Encarnação nos diferentes
mundos
 




Os Espíritos não estão indefinidamente presos a um mundo

1. A encarnação nos diferentes mundos obedece a um critério de progresso moral. Quando, em determinado planeta, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais adiantado, onde poderão adquirir novos conhecimentos. 
2. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham, portanto, presos a ele indefinidamente. Cada mundo é para eles o que escola representa para a criança, que muda de classe à medida que progride nos seus estudos. 
3. Os Espíritos elevados são destinados a reencarnar em planetas mais bem dotados que o nosso. A escala grandiosa dos mundos apresenta inúmeros graus, dispostos para a ascensão progressiva dos Espíritos, que os devem transpor cada um por sua vez.  
4. Falando a respeito das inumeráveis moradas existentes no Universo infinito, Jesus afirmou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos o lugar”. 
A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas 
5. Segundo a Doutrina Espírita, os planetas podem dividir-se em cinco categorias principais: 
·       Mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana.
·       Mundos de expiação e provas, em que o mal predomina.
·       Mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta.
·       Mundos felizes, onde o bem supera o mal.
·       Mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura. 
6. A Terra – assevera Allan Kardec – pertence à categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias. “Não obstante – ensina Santo Agostinho – não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados. ” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, item 14.)  
7. Nas esferas superiores à Terra o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano ao seu semelhante. 
8. O homem que vive nesses mundos não mais se arrasta penosamente sob a ação de pesada atmosfera. Ele se desloca de um lugar a outro com muita facilidade. As necessidades corpóreas são quase nulas e desconhecidos os trabalhos rudes. Mais longa que a nossa, a existência ali se passa no estudo, na participação das obras de uma civilização aperfeiçoada, que tem por base a mais pura moral, o respeito aos direitos de todos, a amizade e a fraternidade. 
A forma humana é comum também aos mundos superiores 
9. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem com que a morte nenhuma apreensão lhes cause, e eles a encaram de frente, sem temor, como simples transformação necessária ao processo evolutivo. 
10. Nenhum pensamento oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas delicadas. O amor, a confiança, a sinceridade presidem às reuniões em que todos recolhem as instruções dos mensageiros divinos e onde se aceitam as tarefas que podem contribuir para elevá-los ainda mais. 
11. A encarnação de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea pode ocorrer em dois casos: 
·       Como missão, com o objetivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar. 
·       Como expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas. 
12. Nos mundos superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela, aperfeiçoada e sobretudo purificada. O corpo físico nada tem da materialidade terrestre e, por isso, não está sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações que a predominância da matéria provoca.

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