segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pluralidade das existências ::


Reencarnação
Américo Domingos Nunes Filho


 
O conhecimento da reencarnação é antiqüíssimo. Os cristãos primitivos aceitavam-na; contudo, no concílio de Constantinopla, no ano 533 depois de Cristo, a doutrina palingenésica foi condenada pela Igreja, advindo, então, a proibição de sua crença.
A Ciência, desinteressadamente, sem nenhum vínculo religioso, avança, estudando e pesquisando problemas insolúveis, em Psicologia, os quais vêm sendo resolvidos pela regressão hipnótica da memória, como também exercendo trabalho com crianças que, espontaneamente, manifestam recordações de vidas passadas.
O professor Ian Stevenson, catedrático da Universidade de Virginia, Estados Unidos, em duas décadas de estudo, conseguiu catalogar cerca de duas mil pessoas, as quais se lembravam de outra vida, fornecendo dados que foram confirmados. O professor Banerjee relatou mais de mil casos. Em nosso país, o Doutor Hernani Guimarães Andrade é o grande pesquisador da reencarnação com muitos fatos comprovados.
Com o evolver das pesquisas chegará o momento em que o mundo científico atestará sua realidade, para desgosto daqueles que se prendem a posições doutrinárias radicais ou a conceitos dogmáticos, atados a teias criadas pelos homens, os mesmos que, por intolerância e ignorância, condenaram Galileu, acusado de heresia por afirmar que a Terra girava em torno do Sol.
A despeito da vontade ou opinião de quem quer que seja, a reencarnação existe, conciliando e explicando as leis de Justiça e Equidade, ressaltando, em sua evidência, um determinismo providencial.
O homem, então, defrontando-se com ela, entenderá que é hoje conseqüência do que foi ontem e na próxima existência colherá o que semeia na atual.
Com o conhecimento da reencarnação, o homem entenderá que a humanidade é uma só família e que a Grande Consciência Cósmica ou Deus, definida no Evangelho de João, como Amor, dá ou permite a cada um o que merece e o que necessita na sua evolução.
Vivenciando a Palingênese, a responsabilidade será inerente ao homem. Aquele que vive, abrigado em seu egoísmo, sem se preocupar com aqueles que estão ao seu lado, muitas vezes até enriquecendo-se às custas do trabalho alheio não remunerado condignamente, saberá que voltará, em próxima existência, sofrendo o rigor da matéria que ele mesmo criou.
Ao mesmo tempo, o ser acossado pela pobreza compreenderá que deve lutar e superar a própria opressão. Sem esse processo dialético não haveria crescimento espiritual, nem tampouco progresso social.
Aquele que prejudica o semelhante se conscientizará de que o mal, produzido por ele, criado dentro de si, nele mesmo formará raízes. Em outra vida desabrochará no corpo físico sua distonia ou deficiência, nascendo em veículo somático doente ou deformado.
Tudo tem uma razão e a partir da assimilação da Palingenesia compreende-se o ensinamento contido no Novo Testamento:
“E até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados”. (Mt. 10:30).
Não existe o acaso. Há uma finalidade, um objetivo, para a existência do homem e do Universo.

Fonte:
Livro: A Queda dos Véus
 http://www.omensageiro.com.br/artigos/artigo-176.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário