quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pluralidade das existências ::

PLURALIDADE  DOS  MUNDOS  HABITADOS
Emmanuel
Questão nº55
 
Enquanto o homem se encaminha para a Lua, estudando-a de perto, comove-nos pensar que a Doutrina Espírita se referia à pluralidade dos mundos habitados, precisamente há mais de um século.
Acresce notar, ainda, que os veneráveis orientadores da Nova Revelação, guiando o pensamento de Allan Kardec, fizeram-no escrever a sábia declaração: "Deus povoou de seres vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo final da providência."
Sabemos hoje que moramos na Via-Láctea - a galáxia comparável a imensa cidade nos domínios universais. Essa cidade possui mais de duzentos milhões de sóis, transportando consigo planetas, asteróides, cometas, meteoros, aluviões de poeira e toda uma infinidade de turbilhões energéticos.
Entre esses sóis está o nosso, modestíssimo foco de luz, considerando-se que Sírius, um de seus vizinhos, apresenta brilho quarenta vezes maior. E, acompanhando-o, a nossa Terra, com todo o cortejo de suas orgulhosas nações, tem a importância de uma "casa nos fundos", visto que, se a Lua é satélite nosso, o Globo que nos asila é satélite pequenino desse mesmo Sol que nos sustenta.
Viajando a luz com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, gasta milhares de anos para atravessar, de um ponto a outro, o continente galáctico em que residimos...
Mas os espelhos telescópicos do homem já. conse­guem assinalar a existência de milhões e milhões de outras galáxias, mais ou menos semelhantes nossa, a se espraiarem na vastidão do Universo.
Até agora, neste breve lembrete, nos reportarmos simplesmente ao campo fisico observável pelos homens encarnados, atreitos, como natural, ao raio reduzido da percepção que lhes própria, sem nos referirmos às es­feras espirituais mais complexas que rodeiam cada pla­neta, quanto cada sistema.
Nesse critério, vamos facilmente encontrar, em todos os círculos cósmicos, os seres vivos da asserção de Kardec, embora a instrumentação do homem não os divise a todos. Eles se desenvolvem através de inimagináveis graus evolutivos, cabendo-nos reconhecer que, em aludindo à pluralidade dos mundos habitados, não se deverá olvidar a gama infinita das vibrações e os estados múltiplos da matéria.
Temos, assim, no espaço incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões.
Saudamos, pois, o advento da nova era, em que o homem físico, valendo-se principalmente do rádio e do radar, do foguete e do cérebro eletrônico, pode incursionar além da Lua, auscultando, em regime de limitação compreensível, as faixas de matéria em que psiquicamente se entrosa.
E desejando-lhe paz, a fim de que prossiga em suas arrojadas e preciosas perquirições, podemos assegurar que em todos os planos a consciência acordada à luz da razão e da responsabilidade surpreenderá sempre, por base de todo aperfeiçoamento moral, o preceito do Cristo que coloca "o amor a Deus e ao próximo" como sendo o coração da vida, pulsando, invariável, no peito da justiça divina que manda, em toda parte, conferir a cada um segundo
 
(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

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