terça-feira, 27 de março de 2012

Estudo sobre a mediunidade :: mediunidade - conceitos e tipos


A Classificação Geral dos Médiuns:

·     Médiuns de Efeito Físicos - São os mais aptos, especialmente, à produção de fenômenos materiais, como movimentos de corpos inertes, os ruídos, a deslocação, o levantamento e a translação de objetos, etc. Sempre neste fenômenos há o concurso voluntário ou involuntário de médiuns dotados de faculdades especiais.
·    Médiuns Sensitivos ou Impressivos - São pessoas suscetíveis de pressentir a presença dos Espíritos, por impressão vaga, como ligeiro atrito em todos os membros, fato que não logram explicar. Tal sutileza pode essa faculdade adquirir; que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas também a sua individualidade.
·  Médiuns Audientes - São médiuns que ouvem os Espíritos. Algumas vezes é como se escutassem uma voz interna que lhes ressoasse no foro íntimo; doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva.
·    Médiuns Psicofônicos ou Falantes - É a faculdade que permite aos Espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem.
É a faculdade mais freqüente em nosso movimento e possibilita o intercâmbio com o mundo extracorpóreo.
É através dela que os desencarnados narram, quando podem/desejam, os seus aflitivos problemas, recebendo dos orientadores, em nome da fraternidade cristã, a palavra do esclarecimento e da consolação.
O pensamento do Espírito antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, "em tese" de fazer ou não fazer o que a entidade pretende.
Também os Mentores Espirituais, Espíritos trabalhadores da grande Seara do Pai, utilizam esta possibilidade de intercâmbio para esclarecerem, orientarem, confirmando a continuidade do labor nas duas esferas da vida.
Obs: - Os médiuns falantes, de maneira geral são intuitivos ou conscientes, sendo o intérprete ou mensageiro. O estilo, o vocabulário, a construção das frases são suas, mas a idéia é do Espirito.
Os médiuns psicofônicos semiconscientes conservam o estilo e a idéia do Espírito que se comunica e nos, psicofônicos inconscientes, geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembrança do que diz.
·   Médiuns Videntes - São dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. É raro esta faculdade permanecer por muito tempo; quase sempre é efeito de uma crise passageira.
·  Médiuns Sonambúlicos - Nesta ordem, são duas as categorias de fenômenos que frequentemente se acham reunidos:
a) Quando o sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos e emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo; são idéias suas, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos estão mais dilatados, porque tem livre a alma.
b) Como médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si. O médium sonambúlico, em estado de emancipação da alma pode facultar a comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos. O que dizem, fora do âmbito de seus conhecimentos pessoais, lhes é com freqüência sugerido por outros Espíritos.
·    Médiuns Curadores - Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Exemplo maior Jesus. Geralmente a faculdade é espontânea e, embora haja a utilização do fluido magnético, alguns médiuns curadores jamais ouviram falar do magnetismo. Ex: - benzedeiras.
·    Médiuns Pneumatógrafos - Dá-se este nome aos médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta. Esta faculdade é bastante rara. Desenvolve-se pelo exercício; mas sem utilidade prática. Se limita a uma comprovação patente da intervenção de uma força oculta nas manifestações.
·    Médiuns Escreventes ou Psicógrafos – São os médiuns aptos a receber a comunicação dos Espíritos através da escrita. Como afirma Allan Kardec, "de todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, o mais cômodo e, sobretudo o mais completo". Para eles devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Deve ser desenvolvido com muita responsabilidade pois é através dessa faculdade que os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou a sua inferioridade. Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício e proporciona a todos um exame acurado e minucioso da mensagem recebida.

Os médiuns psicógrafos podem ser classificados em:
a) Médiuns Mecânicos – O Espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. O que caracteriza este gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão escreve. Ela se move sem interrupção, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e para, assim que ele acaba. Neste tipo de mensagem, a escrita vem antes do pensamento.
b) Médiuns Intuitivos – Neste caso, o Espírito não atua sobre a mão para movê-la, mas, atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. A alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve. Nesta situação, o médium escreve voluntariamente e tem consciência do que escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos. Podemos dizer, que nestes casos, o pensamento vem antes da escrita.
C) Médiuns Semimecânicos – Também denominados Semi-intuitivos. Eles sentem que, à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, têm consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. Neste casos, o pensamento acompanha as palavras.
·         Médiuns Polígrafos – São aqueles cuja escrita se modifica em decorrência do Espírito que se comunica, ou que são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida.
·         Médiuns Iletrados – Os que escrevem como médiuns, sem saber ler, nem escrever, no estado ordinário. Muito raros; mais que os anteriores.
·         Médiuns Poliglotas ou Xenoglotas – São aqueles que escreve ou falam, sob a influência dos Espíritos, em idiomas que lhe são desconhecidos.


A Biografia/definições:
Alexander N. Aksakof 
Nascido em Repievka (Rússia) em 27 de maio de 1.832, desencarnou em S. Petersburgo (Leningrado), a 04 de janeiro de 1.903.
Foi membro da nobreza russa, doutor em Filosofia e Conselheiro de Alexandre III, Czar de todas as Rússias.
Doutor, foi lente da Academia de Leipzig, na Alemanha.
Empenhou-se no campo da investigação psíquica, foi diretor do jornal "Psychische Studien", de Leipzig (Alemanha).
Publicou a sua obra mais significativa "Animismo e Espiritismo".
Participou da investigação mediúnica junto a diversos médiuns do século passado e de muitos outros pesquisadores de renome.
Sua contribuição ao Movimento Espírita Mundial foi enorme e, até hoje, seus trabalhos são citados pelos muitos pesquisadores que se aventuram pelo campo do psiquismo.
Ectoplasma 
(do grego: ektós – movimento para fora; plasma – obra modelável). Substância que emana do corpo de um médium capaz de produzir fenômenos de efeitos físicos ou materializações. Trata-se de uma exalação fluídica, sensível ao pensamento, visível ou invisível, plástica, inodora, insípida, originalmente incolor.

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Segunda Parte, capítulos II, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII e XV.
No Invisível – Léon Denis – capítulos XVI à XVIII.
O Fenômeno Espírita – Gabriel Delanne – Segunda parte, capítulo I.
Estudando a Mediunidade - Martins Peralva.
Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna – Primeira, Segunda e Quarta Sessões Teóricas – Mediunidade – Conceito – Classificação e Dos Médiuns.
Dicionário de Filosofia Espírita – Lamartine Palhano Jr.

FONTE: http://sef.feparana.com.br/apost/unid18.htm 

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