Boa noite, meus irmãos (as)!
Que Jesus, nosso irmão de luz, nos envolva em teu seio protetor e que tua luz ilumine nossos caminhos, abençoando-nos, confortando-nos, fortalecendo-nos.
Deus esteja conosco sempre!
Abençoa, Senhor, nossa casa, nossa família, nossos amigos, nossos animalzinhos, todos quem amamos e até quem não nos aproximamos tanto. Cuida de nós, Pai.
Assim seja.
Nossa mensagem de hoje é : "Fazer o bem sem ostentação".
Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec. Tradução de José Herculano Pires.
Cap VIII - Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa mão direita -
Fazer O Bem Sem Ostentação
1 – Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos Céus. Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas quando dás a esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola fique escondida, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4).
2 – E depois que Jesus desceu do monte, foi muita a gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles. (Mateus, VIII: 1-4).
3 – Fazer o bem sem ostentação tem grande mérito. Esconder a mão que dá é ainda mais meritório, é o sinal incontestável de uma grande superioridade moral. Porque, para ver as coisas de mais alto que o vulgo, é necessário fazer abstração da vida presente e identificar-se com a vida futura. É necessário, numa palavra, colocar-se acima da humanidade, para renunciar à satisfação do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que preza mais a aprovação dos homens que a de Deus, prova que tem mais fé nos homens que em Deus, e que a vida presente é para ele mais do que a vida futura, ou até mesmo que não crê na vida futura.. Se ele diz o contrário, age, entretanto, como se não acreditasse no que diz.
Quantos há que só fazem um benefício com a esperança de que o beneficiado o proclame sobre os telhados; que darão uma grande soma à luz do dia, mas escondido não dariam sequer uma moeda! Foi por isso que Jesus disse: “Os que fazem o bem com ostentação já receberam a sua recompensa”. Com efeito, aquele que busca a sua glorificação na Terra, pelo bem que faz, já se pagou a si mesmo. Deus não lhe deve nada; só lhe resta a receber a punição do seu orgulho.
Quem a mão esquerda não saiba o que faz a direita é uma figura que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se existe a modéstia real, também existe a falsa modéstia, o simulacro da modéstia, pois há pessoas que escondem a mão, tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados pelos homens, que não lhes acontecerá perante Deus? Eles também já receberam as suas recompensa na Terra. Foram vistos; estão satisfeitos de terem sido vistos; é tudo quanto terão.
Qual será então a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe exige de qualquer maneira testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição ao exaltar o preço dos sacrifícios que suportou por ele? Oh!, para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome, o que é um primeiro castigo para o seu orgulho. As lágrimas que estanca, em proveito da sua vaidade, em lugar de subirem ao céu, recaem sobre o coração do aflito para ulcerá-lo. O bem que faz não lhe aproveita, desde que o censura, porque todo benefício exprobrado é moeda alterada que perdeu o valor.
O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceite um serviço mas recuse a esmola. Converter um serviço em esmola, pela maneira por que é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e habilidosa para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre, porque todo choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade. Ela sabe encontrar palavras doces e afáveis, que põe o beneficiado à vontade diante do benfeitor, enquanto a caridade orgulhosa o humilha. O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.
Comentário:
Quando nos é dito
“Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o
fim de serdes vistos por eles(...) não faças tocar a trombeta diante de ti,
como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem honrados dos
homens(...)”, nos é ensinado o valor da
caridade verdadeira, e não da caridade por ostentação. Tomarei um exemplo real,
quando nos é mostrado diante da televisão, um de nossos irmãos com uma maior
condição financeira, ‘doando’ rios de dinheiro para instituições de caridades,
com grandes festas e milhares de espectadores, isso é algo usado para ‘passar a
imagem’ de alguém que este mesmo não é. A caridade verdadeira não precisa sentir
essa necessidade de ostentação, a doação vem do prazer de ajudar, e não dos
aplausos dos homens e da aprovação da sociedade.
Quando o leproso veio a Jesus e pediu auxílio, Jesus o fez
apenas dizendo “Guardai-vos de falar
disto a alguém, mas ide vos mostrar aos sacerdotes e oferecei o dom prescrito
por Moisés, a fim de que isso lhes sirva de testemunho”, podemos entender de
suas palavras que Jesus não o curou por buscar fama, ele o curou pelo ato de
bondade. Quando ele pede ao leproso que vá mostrar aos sacerdotes, o que isso
significa? Nos tempos em que Jesus estava na terra, os leprosos eram excluídos
da sociedade, e precisavam de uma aprovação dos sacerdotes para trabalhar e
voltar à sociedade quando estes estiverem curados. Dessa forma, Jesus pediu
apenas que ele fosse mostrar que estava curado e podia retornar.
Então meus irmãos, devemos fazer o bem sem olhar a quem.
Devemos ter fé em Deus e devemos também manter a nossa humildade acima de tudo.
"O sublime da
verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis,
encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta
o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita."
Vamos nos libertar do orgulho e abrir o coração para os ensinamentos de Jesus. Sejamos tal como os pobres de espírito, "porque deles é o reino dos céus".
“Humildade é independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito. Cultivá-la é avançar para frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo” Emmanuel.
Fiquem com Deus, boa noite meus irmãos!!!
Equipe Tempo de Luz e Amor.
Equipe Tempo de Luz e Amor.
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