Reencarnação
Américo Domingos Nunes Filho
O
conhecimento da reencarnação é antiqüíssimo. Os cristãos primitivos
aceitavam-na; contudo, no concílio de Constantinopla, no ano 533
depois de Cristo, a doutrina palingenésica foi condenada pela
Igreja, advindo, então, a proibição de sua crença.
A
Ciência, desinteressadamente, sem nenhum vínculo religioso, avança,
estudando e pesquisando problemas insolúveis, em Psicologia, os
quais vêm sendo resolvidos pela regressão hipnótica da memória, como
também exercendo trabalho com crianças que, espontaneamente,
manifestam recordações de vidas passadas.
O
professor Ian Stevenson, catedrático da Universidade de Virginia,
Estados Unidos, em duas décadas de estudo, conseguiu catalogar cerca
de duas mil pessoas, as quais se lembravam de outra vida, fornecendo
dados que foram confirmados. O professor Banerjee relatou mais de
mil casos. Em nosso país, o Doutor Hernani Guimarães Andrade é o
grande pesquisador da reencarnação com muitos fatos comprovados.
Com
o evolver das pesquisas chegará o momento em que o mundo científico
atestará sua realidade, para desgosto daqueles que se prendem a
posições doutrinárias radicais ou a conceitos dogmáticos, atados a
teias criadas pelos homens, os mesmos que, por intolerância e
ignorância, condenaram Galileu, acusado de heresia por afirmar que a
Terra girava em torno do Sol.
A
despeito da vontade ou opinião de quem quer que seja, a reencarnação
existe, conciliando e explicando as leis de Justiça e Equidade,
ressaltando, em sua evidência, um determinismo providencial.
O
homem, então, defrontando-se com ela, entenderá que é hoje
conseqüência do que foi ontem e na próxima existência colherá o que
semeia na atual.
Com
o conhecimento da reencarnação, o homem entenderá que a humanidade é
uma só família e que a Grande Consciência Cósmica ou Deus, definida
no Evangelho de João, como Amor, dá ou permite a cada um o que
merece e o que necessita na sua evolução.
Vivenciando a Palingênese, a responsabilidade será inerente ao
homem. Aquele que vive, abrigado em seu egoísmo, sem se preocupar
com aqueles que estão ao seu lado, muitas vezes até enriquecendo-se
às custas do trabalho alheio não remunerado condignamente, saberá
que voltará, em próxima existência, sofrendo o rigor da matéria que
ele mesmo criou.
Ao
mesmo tempo, o ser acossado pela pobreza compreenderá que deve lutar
e superar a própria opressão. Sem esse processo dialético não
haveria crescimento espiritual, nem tampouco progresso social.
Aquele que prejudica o semelhante se conscientizará de que o mal,
produzido por ele, criado dentro de si, nele mesmo formará raízes.
Em outra vida desabrochará no corpo físico sua distonia ou
deficiência, nascendo em veículo somático doente ou deformado.
Tudo tem uma razão e a partir da assimilação da Palingenesia
compreende-se o ensinamento contido no Novo Testamento:
“E
até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados”. (Mt.
10:30).
Não
existe o acaso. Há uma finalidade, um objetivo, para a existência do
homem e do Universo.
Fonte:
Livro: A Queda dos Véus
Livro: A Queda dos Véus
http://www.omensageiro.com.br/artigos/artigo-176.htm
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