PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
Emmanuel
Questão nº55
Enquanto o homem se
encaminha para a Lua, estudando-a de perto, comove-nos pensar que a
Doutrina Espírita se referia à pluralidade dos mundos habitados,
precisamente há mais de um século.
Acresce notar,
ainda, que os veneráveis orientadores da Nova Revelação, guiando o
pensamento de Allan Kardec, fizeram-no escrever a sábia declaração: "Deus
povoou de seres vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo
final da providência."
Sabemos hoje que
moramos na Via-Láctea - a galáxia comparável a imensa cidade nos domínios
universais. Essa cidade possui mais de duzentos milhões de sóis,
transportando consigo planetas, asteróides, cometas, meteoros, aluviões de
poeira e toda uma infinidade de turbilhões energéticos.
Entre esses sóis
está o nosso, modestíssimo foco de luz, considerando-se que Sírius, um de
seus vizinhos, apresenta brilho quarenta vezes maior. E, acompanhando-o, a
nossa Terra, com todo o cortejo de suas orgulhosas nações, tem a
importância de uma "casa nos fundos", visto que, se a Lua é satélite
nosso, o Globo que nos asila é satélite pequenino desse mesmo Sol que nos
sustenta.
Viajando a luz com a
velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, gasta milhares de
anos para atravessar, de um ponto a outro, o continente galáctico em que
residimos...
Mas os espelhos
telescópicos do homem já. conseguem assinalar a existência de milhões e
milhões de outras galáxias, mais ou menos semelhantes nossa, a se
espraiarem na vastidão do Universo.
Até agora, neste
breve lembrete, nos reportarmos simplesmente ao campo fisico observável
pelos homens encarnados, atreitos, como natural, ao raio reduzido da
percepção que lhes própria, sem nos referirmos às esferas espirituais
mais complexas que rodeiam cada planeta, quanto cada sistema.
Nesse critério,
vamos facilmente encontrar, em todos os círculos cósmicos, os seres vivos
da asserção de Kardec, embora a instrumentação do homem não os divise a
todos. Eles se desenvolvem através de inimagináveis graus evolutivos,
cabendo-nos reconhecer que, em aludindo à pluralidade dos mundos
habitados, não se deverá olvidar a gama infinita das vibrações e os
estados múltiplos da matéria.
Temos, assim, no
espaço incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências,
mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e
mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões.
Saudamos, pois, o
advento da nova era, em que o homem físico, valendo-se principalmente do
rádio e do radar, do foguete e do cérebro eletrônico, pode incursionar
além da Lua, auscultando, em regime de limitação compreensível, as faixas
de matéria em que psiquicamente se entrosa.
E desejando-lhe paz,
a fim de que prossiga em suas arrojadas e preciosas perquirições, podemos
assegurar que em todos os planos a consciência acordada à luz da razão e
da responsabilidade surpreenderá sempre, por base de todo aperfeiçoamento
moral, o preceito do Cristo que coloca "o amor a Deus e ao próximo" como
sendo o coração da vida, pulsando, invariável, no peito da justiça divina
que manda, em toda parte, conferir a cada um segundo
(De "Religião dos
Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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