domingo, 1 de julho de 2012

Evangelho aos domingos ::


Boa noite, queridos irmãos e irmãs!
Que a paz do nosso irmão Jesus esteja em nossos lares e em nossos corações. Que a Tua luz e o Teu amor, Jesus, faça-se morada em nossas vidas e reine dentro de nós.
Obrigada por tudo mais uma vez.
Abençoa-nos hoje e sempre.
Assim seja.

Evangelho segundo o Espiritismo  
Cap. 19 – A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS – tradução J. Herculano Pires

Parábola da Figueira Seca

 

            8 – E ao outro dia, como saíssem de Betânia, teve fome. E tendo visto ao longe uma figueira, foi lá a ver se acharia nela alguma coisa; e quando chegou a ela, nada achou, senão folhas, porque não era tempo de figos. E falando-lhe disse: Nunca jamais coma alguém fruto de ti para sempre; o que os discípulos ouviram. E no outro dia pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela estava seca até as raízes. Então, lembrando Pedro, disse para Jesus: Olha, Mestre, como secou a figueira que tu amaldiçoaste. E respondendo Jesus, lhes disse: Tende fé em Deus. Em verdade vos afirmo que todo o que disse a este monte: Tira-te daí e lança-te ao mar, e isto sem hesitar no seu coração, mas tendo fé de que tudo o que disser sucederá, ele o verá cumprir assim. (Marcos, XI: 12-14 e 20-23).
            9 – A figueira seca é o símbolo das pessoas que apenas aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom: dos oradores que possuem mais brilho do que solidez, dotados do verniz das palavras de maneira que estas agradam aos ouvidos; mas, quando as analisamos, nada revelam de substancial para o coração; e, quando as acabamos de ouvir, perguntamos que proveito tivemos.
            É também o símbolo de todas as pessoas que podem ser úteis e não o são; de todas as utopias, de todos os sistemas vazios, de todas as doutrinas sem bases sólidas. O que falta, na maioria das vezes, é a verdadeira fé, a fé realmente fecunda, a fé que comove as fibras do coração, em uma palavra, a fé que transporta montanhas. São árvores frondosas, mas sem frutos, e é por isso que Jesus as condena a esterilidade, pois dia virá em que ficarão secas até à raiz. Isso quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que não produziram nenhum bem para a humanidade, serão reduzidas a nada; e que todos os homens voluntariamente inúteis, que não se utilizaram os recursos de que estavam dotados, serão tratados como a figueira seca.
            10 – Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. Suprem o organismo  material que falta a estes, para nos transmitirem as suas instruções. Eis porque são dotados de faculdades para esse fim. Nestes tempos de renovação social, desempenham uma missão especial: são como árvores que devem dispensar o alimento espiritual aos seus irmãos. Por isso, multiplicam-se, de maneira a que o alimento seja abundante. Espalham-se por toda parte, em todos os países, em todas as classes sociais, entre os ricos e os pobres, os grandes e os pequenos, a fim de que em parte alguma haja deserdados, e para provar aos homens que todos são chamados. Mas se eles desviam de seu fim providencial a faculdade preciosa que lhes foi concedida, se a colocam a serviço de coisas fúteis e prejudiciais, ou dos interesses mundanos; se, em vez de frutos salutares, dão maus frutos; se se recusam a torná-la proveitosa para os outros; se nem mesmo para si tiram os proveitos da melhoria própria, então se assemelham à figueira estéril. Deus,então, lhe retirará um dom que se tornou inútil entre as suas mãos; a semente que não souberam semear; e os deixará tornarem-se presas dos maus Espíritos.


Comentário:

Boa noite, meus irmãos e irmãs. Nesta bela mensagem de hoje devemos analisar com discernimento o que nosso Mestre Jesus nos ensinou através de suas parábolas e que por muitas vezes foi mal interpretado, mal entendido ou mal compreendido. Não podemos jamais admitir que Jesus amaldiçoasse uma figueira, aos que leem ao pé da letra, não seria de Jesus mostrar seu poder, pois estaria sendo contrário a sua moral de respeito, sabedoria, paz e amor.
O que podemos entender é que esta parábola nos fala do quanto ainda nos perdemos na palavra, pois ficamos tentando mostrar aos outros quem não somos, camuflando nosso eu, vestindo-se de máscaras. Proclama-se um temporal de verdade, boa conduta e dedicação, no entanto, possuindo um abismo no coração. A parábola da figueira seca simboliza essas pessoas, que vivem somente de aparências, mas com o coração endurecido. A parábola simboliza também as pessoas que aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom; pessoas que podem ser úteis e não o são; médiuns que se desviam de sua missão. A ignorância do ser humano infelizmente ainda leva a este tipo de atitude. Quantas vezes não escutamos no nosso dia a dia, por exemplo: “eu sou uma pessoa ótima, verdadeira, pura, eu só desejo o bem, eu não tenho preconceitos, eu não faço maldades”, porém, quando analisamos, nada revelam de substancial para o coração. Muitas vezes as pessoas tornam-se até alienadas. Pois, apenas as palavras brilham, mas os atos e o interior revelam o contrário. No contexto histórico-bíblico, esta parábola representa também a chegada de Jesus a Jerusalém, quando Ele expulsou os vendilhões do templo, ensinando que Sua casa é um ambiente de oração e não de perdição. Podemos dizer que a figueira seca representa a purificação do templo.
Porém, o ensinamento dessa parábola é profundo, ela não nos fala apenas das aparências, dos desvios, da negligência, mas sim da verdadeira fé, pois Jesus, nosso irmão maior, está, nesta passagem evangélica, chamando a nossa atenção para as boas obras, não de aparência, mas de real valor para a Humanidade. O verniz da caridade nada vale, pois a salvação da alma está presa ao essencial, não ao que aparentamos ser. O que falta, na maioria das vezes, é a verdadeira fé, a fé realmente fecunda, a fé que comove as fibras do coração, em uma palavra, a fé que transporta montanhas. São árvores frondosas, mas sem frutos, e é por isso que Jesus as condena a esterilidade, pois dia virá em que ficarão secas até à raiz. Esta parábola ilustra também, por exemplo, médiuns capacitados, mas que se desviam de seu objetivo providencial; para esses, a mediunidade serve para coisas fúteis ou prejudiciais, visando aos interesses materiais. 
Um bom exemplo que podemos citar é a casa espírita, pois o Centro Espírita, se não servir de calmante\alívio aos que o procuram, pode se tornar uma “figueira seca”, pois deixou de atender às necessidades de seus frequentadores. Por isso, cada um de seus trabalhadores\frequentadores deve se sacrificar para que o todo prevaleça sobre as suas opiniões, e no caso do Espiritismo, os princípios doutrinários devem sempre estar em primeiro lugar. Assim, “Uma árvore deve ser conhecida pelos seus frutos. Não é o tamanho, a configuração, as ramagens, os rebentos verdes, as pontas ressequidas, o aspecto brilhante, a vetustez do tronco, a fragilidade das folhas, o aroma atraente. Não é pela aparência exterior, mas pelos frutos, utilidade e produção. O que realmente vale é a substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.” Essa parábola também pode ser estendida àqueles que não são coerentes entre o falar e o agir; instituições ou pessoas que apregoam o bem e a caridade, mas ainda são egoístas e não se esforçam para colocar em prática os ensinamentos do Mestre Jesus.
Também nos faz refletir que “a quem muito for dado, muito será cobrado”, pois se esperava da figueira bons frutos, por causa das condições propícias que possuía. Esta passagem nos alerta de que aqueles que detêm o conhecimento, mas não o fazem produzir frutos, por orgulho ou acomodação, cometem grave equívoco.
Também visa nossa reflexão acerca da verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que comove as fibras do coração, enfim, a fé que transporta montanhas, ou seja, que nos fortalece para vencer nossas dificuldades. Assim, através desta parábola Jesus nos mostra a importância de cultivar o bem, pois sem a verdadeira bondade os frutos do nosso trabalho serão vazios. Como o evangelho nos conta “A figueira seca é o símbolo das pessoas que não tem senão as aparências do bem”, ou seja, todos aqueles que tiveram a chance de serem úteis, mas não foram, todos aqueles que quando olhamos suas vidas não produziram nada de bom.

Não estamos falando apenas de grandes atos, mas dos pequenos também, ajudar os outros de uma forma geral. Reservar um pouco da sua oração diária para pedir bem a alguém, ser gentil, ouvir o que os outros têm a dizer. Pequenos atos que, quando somados, dizem muito.
Isso parece mais uma lição de bondade do que de fé, mas de onde vem à bondade senão da fé. “A fé é a mãe da esperança e da caridade”.

Então, meus irmãos, sejamos melhores hoje do que fomos ontem e amanhã melhores do que fomos hoje. Fiquem com Deus e os anjos.
Tenham uma semana de paz, alegria e luz!
Abraços fraternos,
Equipe Tempo de Luz e Amor. 


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