Boa noite, queridos irmãos e irmãs.
Que a Luz do nosso Mestre e Irmão Jesus faça-se
morada em nossos corações. E que através dela possamos, assim, exercer a
prática desta tão sublime virtude que é a caridade. Ela que clama por nós
diariamente.
Jesus, mais uma vez, obrigada por tudo.
Protege-nos com seu manto de amor.
Fiquem todos com Deus.
Assim seja.
Nossa
mensagem de hoje é O óbolo da viúva - Capítulo XIII – Que a mão esquerda não
saiba o que faz a direita, tradução de J. Herculano Pires – Evangelho segundo o
Espiritismo.
O Óbolo da Viúva
5 – E
estando Jesus assentado defronte donde era o gazofilácio, observava ele de que
modo deitava o povo ali o dinheiro; e muitos, que eram ricos, deitavam com mão
larga. E tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que
importavam um real. E convocando seus discípulos, lhes disse: Na verdade vos
digo, que mais deitou esta pobre viúva do que todos os outros que deitaram no
gazofilácio. Porque todos os outros deitaram do que tinham na sua abundância;
porém esta deitou da sua mesma indulgência tudo o que tinha, e tudo o que lhe
restava para seu sustento. (Marcos, XII: 41-44 – Lucas, XXI: 1-4).
6 –
Muita gente lamenta não poder fazer todo o bem que desejaria, por falta de
recursos, e se querem a fortuna, dizem, é para bem aplicá-la. A intenção é
louvável, sem dúvida, e pode ser muito sincera de parte de alguns; mas o seria
de parte de todos, assim completamente desinteressados? Não haverá os que,
inteiramente empenhados em beneficiar os outros, se sentirão bem de começar por
si mesmos, concedendo-se mais algumas satisfações, um pouco mais do supérfluo
que ora não têm, para dar aos pobres apenas, o resto? Este pensamento oculto,
talvez dissimulado, mas que encontrariam no fundo do coração, se o sondassem,
anula o mérito da intenção, pois a verdadeira caridade faz antes pensar nos
outros que em si mesmo.
O
sublime da caridade, nesse caso, seria procurar cada qual no seu próprio
trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de sua capacidade,
os recursos que lhe faltam para realizar suas intenções generosas. Nisso
estaria o sacrifício mais agradável ao Senhor. Mas, infelizmente, a maioria
sonha com meios fáceis de se enriquecer, de um golpe e sem sacrifícios,
correndo atrás de quimeras, como a descoberta de tesouros, uma oportunidade
favorável, o recebimento de heranças inesperadas, e assim por diante. Quer
dizer dos que esperam encontrar, para os secundar nessas buscas, auxiliares
entre os Espíritos? É evidente que eles nem conhecem nem compreendem o sagrado
objetivo do Espírito, e menos ainda a missão dos Espíritos, aos quais Deus
permite comunicarem-se com os homens. Mas justamente por isso, são punidos
pelas decepções. (Livro dos Médiuns, nº 294 e 295).
Aqueles
cuja intenção é desprovida de qualquer interesse pessoal, deve consolar-se de
sua impotência para fazer o bem que desejariam, lembrando que o óbolo do pobre,
que o tira da sua própria privação, pesa mais na balança de Deus que o ouro do
rico, que dá sem privar-se de nada. Seria grande a satisfação, sem dúvida, de
poder socorrer largamente a indigência; mas, se isso é impossível, é necessário
submeter-se a fazer o que se pode. Aliás, não é somente com o ouro que se podem
enxugar as lágrimas, e não devemos ficar inativos por não o possuirmos. Aquele
que deseja sinceramente tornar-se útil para os seus irmãos, encontra mil
ocasiões de fazê-lo. Que as procure e as encontrará. Se não for de uma maneira,
será de outra, pois não há uma só pessoa, no livre gozo de suas faculdades, que
não possa prestar algum serviço, dar uma consolação, amenizar um sofrimento
físico ou moral, tomar uma providência útil. Na falta de dinheiro, não dispõe
cada qual do seu esforço, do seu tempo, do seu repouso, para oferecer um pouco
aos outros? Isso também é a esmola do pobre, o óbolo da viúva.
Comentário:
Boa noite meus irmãos, hoje como vimos, a espiritualidade
nos traz mais uma mensagem através do nosso evangelho. A mensagem de hoje trata
de um assunto importantíssimo para todos os espíritas e cristãos, a caridade.
Sim, a caridade é essencial para o autoaprimoramento de cada indivíduo, mas a
‘caridade’ que vemos na televisão, onde empresas e artistas famosos doam
milhares de dólares para instituições e afins, não é a verdadeira caridade,
pois a verdadeira caridade não pede holofotes, devemos ter cuidado para que
nossa mão esquerda não saiba o que dá a mão direita. Mas o que isso significa? Significa fazer o bem sem esperar algo em
troca. A caridade pura e simples não pede aplausos, não é feita para que todos
vejam ‘olhe como sou bondoso’.
Como foi mostrado, quando Jesus nos conta que a viúva doou muito mais do que os outros ricos que passaram por lá, foi justamente por que ela deu tudo o que tinha para si, tudo o que tinha de si para tentar ajudar. Mesmo sem ter muito, materialmente, ela deu o que tinha, e espiritualmente o ato que ela fez é muito mais importante do que o que ela doou. Ela simplesmente foi caridosa. Entenda que não estou falando que os outros que deram, não fizeram de boa intenção, apenas digo que eles deram o que tinham de sobra, e ela tudo o que tinha.
“Nós devemos dar de graça o que nos foi dado de graça”, isso é algo que realmente é verdadeiro, nos foi dado saúde, então devemos cuidar dos nossos doentes, nos foi dado inteligência, devemos usá-la para o bem de todos, nos foi dado o livre arbítrio de fazermos tudo o que quisermos, então por que não usá-lo para fazer o dia de todos os nossos irmãos e irmãs mais suaves e leves.
Como foi mostrado, quando Jesus nos conta que a viúva doou muito mais do que os outros ricos que passaram por lá, foi justamente por que ela deu tudo o que tinha para si, tudo o que tinha de si para tentar ajudar. Mesmo sem ter muito, materialmente, ela deu o que tinha, e espiritualmente o ato que ela fez é muito mais importante do que o que ela doou. Ela simplesmente foi caridosa. Entenda que não estou falando que os outros que deram, não fizeram de boa intenção, apenas digo que eles deram o que tinham de sobra, e ela tudo o que tinha.
“Nós devemos dar de graça o que nos foi dado de graça”, isso é algo que realmente é verdadeiro, nos foi dado saúde, então devemos cuidar dos nossos doentes, nos foi dado inteligência, devemos usá-la para o bem de todos, nos foi dado o livre arbítrio de fazermos tudo o que quisermos, então por que não usá-lo para fazer o dia de todos os nossos irmãos e irmãs mais suaves e leves.
Esta
parábola é muito interessante, rica em conteúdo, possuidora de grande
ensinamento. É nesta parábola que percebemos o quanto ainda somos imperfeitos e
o quanto ainda temos de nos melhorarmos. Pois, ela nos coloca defronte a nós mesmos.
É quando olhamos para nós e nos perguntamos, qual a minha verdadeira intenção
perante o próximo? Será que o meu ato é realmente vindo do coração? É difícil quando o olhar julgador se vira
contra nós mesmos, não é? Pois, nosso orgulho é muito maior para assumirmos o
quanto ainda somos egoístas e presos aos bens materiais.
Pois assim, independentemente das
condições econômicas, podemos ser conquistadores da harmonia e da felicidade,
basta apenas fazer o que estiver ao nosso alcance. Lembremos que o valor não
reside na riqueza da doação, tem tanta gente que está à espera de um sorriso ou
de um abraço, até de mesmo de um simples aperto de mão, de um ouvido para
escutar suas histórias, seus desabafos. Mas é tão difícil agirmos tal como a viúva,
não é mesmo.
“O mérito é proporcional ao sacrifício necessário à prática do ato. Quanto
mais difícil, mais meritória é a ação e mais ela repercute perante a
Consciência Cósmica. Sem dúvida o ideal é fazer o bem sem sequer refletir a
respeito de eventuais benefícios.” Por isso, Jesus nos ensina que a mão direita
não deve saber o que a mão esquerda faz. O que isso quer dizer? Que dizer que
quando realizamos qualquer ato nobre, que seja feito sem alardes, sem divulgações
e sem interesses. A caridade não é autopromoção e também não é humilhação. Ninguém
é caridoso vangloriando-se e envaidecendo-se. Para fazer caridade não é preciso
holofotes. Isso não é caridade, pelo contrário, é vaidade, é egoísmo, é prepotência,
é arrogância, é hipocrisia.
Deve-se sim praticar o bem, fazer a caridade, por impulso natural do
coração. É ser indulgente, bondoso, humilde e altruísta. É fazer com o os
outros o que quer que seja feito conosco. É fazer o bem sem olhar a quem.
Porém, como ainda é difícil de realizar este ideal tão sublime, faça-se o bem
como for possível. Exerça a prática da caridade sem segundas intenções.
“Apenas um Espírito de bom coração é capaz de sacrificar-se pelo bem
alheio, sem esperar nada em troca. Fazer doações que pouco exigem de sacrifício
está ao alcance de todos. Doar do que sobra, embora desejável, não é algo
difícil. Entretanto, sacrificar-se em prol de um ideal ou de outro ser humano
pressupõe uma boa dose de maturidade espiritual. Atos despreendidos e custosos
pressupõem assimilação da lei de fraternidade que rege a vida. Para ser
generoso, até às últimas consequências, é preciso compreender as superiores
finalidades da existência.”
Então meus irmãos, doem o que lhes foi dado de graça, e
façam o bem sem ostentação. Vamos começar a praticar a caridade, mas sejamos
livres das más intenções, dos julgamentos, dos interesses, de qualquer ato e
sentimento que não seja verdadeiro.
Sejamos amor, sejamos puros de coração.
Tenham uma boa noite!
Fiquem com Deus e os anjos.
Abraços de luz!
Equipe Tempo de Luz e Amor.
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