O RESPEITO PELOS OUTROS
Irmão
Saulo
O processo
civilizador é um esforço contínuo de aperfeiçoamento e adaptação. Os homens
aperfeiçoam sua cultura pelas conquistas dos mais aptos e esclarecidos, mas,
ao mesmo tempo, procuram adaptar a maioria menos apta às novas condições de
vida que vão surgindo. O ímpeto dos vanguardeiros é contido pela inércia da
massa. Quando se quer romper essa inércia e realizar mudanças violentas,
surge a necessidade da coação e da subjugação. Cai-se inevitavelmente na
contradição de suprimir os direitos da maioria a pretexto de libertá-la.
Civilizar
é, sobretudo, humanizar. As maiorias menos capazes devem ser elevadas ao
nível das minorias avançadas. Mas, se não levarmos em conta o fator tempo, a
adaptação da maioria implicará largos períodos de desrespeito à sua condição
e aos seus direitos, advindo injustiças e recém coletivos incalculáveis. Os
esforços civilizadores entram no torvelinho do círculo vicioso, com a
repetição dos erros que se pretendia eliminar. A História está repleta de
exemplos desses retrocessos perigosos.
O processo
civilizador do Cristianismo é espiritual e não material, porque o homem é
espírito e não matéria. Seu objetivo não é a quantidade, mas a qualidade.
Seu método não é massivo, mas coletivo, não opera em termos de massa, mas de
coletividades. A adaptação deve decorrer de estímulos e não de pressões. O
respeito pelos outros, tão pouco praticado até agora, é o cimento da
construção do novo mundo. Daí a conclusão de Emmanuel: “a evolução
estimulada pela solidariedade humana e pela educação, com exclusão da
violência que pertence à barbárie, é o caminho único da Civilização com
Jesus”. É o que lemos no item 790 de “O Livro dos Espíritos”: “O homem não
passa subitamente da infância à maturidade”
Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores
diversos
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