ENERGIA
Podemos descrever alguns tipos de
comportamento e de atitudes do cotidiano que interferem profundamente
nas reservas energéticas da cada um. Ao observar as variadas formas de
desgaste vital e de perda de energia, tão comuns em nossos dias, pode¬
mos listar quase duas dezenas de fatores que provocam esse tipo de
fadiga, consumindo as reservas energéticas de muitos. Vamos nos debruçar
em detalhes sobre cada um dos pontos.
1. A importância do sono.
O sono é uma das formas mais preciosas de
abastecimento energético, por meio dele a consciência absorve estímulos
diretamente da fonte primordial, o ambiente extrafísico, no qual
encontramos reservas inesgotáveis de energia. Além desse fato de ordem
interna, o ato de dormir abastece o corpo astral, que, uma vez projetado
fora do corpo físico, se revitaliza no contato com o ambiente
extrafísico e suas reservas energéticas, tão importantes para o
equilíbrio vital e o metabolismo do corpo psicossomático.
Também é por meio do sono que o cérebro
físico se recompõe para receber novas informações após o período de
descanso, assim como para acessar os registros mnemônicos do corpo
mental ou astral. O cérebro humano não foi programado para funcionar
ininterruptamente sem se desgastar.
A falta do sono poderá provocar
distúrbios profundos, sensação de mal-estar, incapacidade física e
mental de agir, atuar, interagir e viver as experiências do cotidiano.
Uma análise profissional é de imenso proveito para aqueles que sofrem de insônia e perdas energéticas associadas ao sono.
2. Conflito entre a necessidade de um período de sono satisfatório e o período de sono usufruído.
Entre os estudiosos da holística é
consenso que a pessoa necessita encontrar um meio termo entre sua
necessidade particular de usufruir do sono e se satisfazer com ele -
visando alcançar os benefícios que descrevemos no item anterior - e o
tempo de que dispõe para dormir.
Muitas pessoas não dormem em horário
natural, que deveria ser dedicado ao sono. Mesmo com o desgaste
energético e a falta de produtividade no dia seguinte, costumam sucumbir
ao sono no horário em que deveriam estar produzindo, trabalhando,
interagindo social e profissionalmente. Nesses casos, o desgaste
orgânico ou vital acumula-se pouco a pouco, além da frustração cotidiana
com que se deparam, por não conseguirem conciliar sua necessidade
natural de repouso com o tempo de que dispõem para dormir. Há uma
disparidade, algumas vezes fruto da rebeldia em não se admitir incapaz
de se reabastecer convenientemente do modo como vem se com¬portando.
Ocorre uma recusa forte e sistemática em se adaptar ao ritmo que o corpo
e a mente exigem para não ocorrer o desgaste prematuro das fontes
energéticas.
Nesse caso, é preciso empenhar-se para
reeducar a mente e reciclar ideias a respeito dos próprios limites, das
necessidades particulares e da organização do tempo, com vistas a
respeitar o equilíbrio vital e emocional.
3. Emoções descontroladas, efervescentes em ebulição.
O desequilíbrio das emoções provoca
natural perda de energia consciencial, isto é, do quantum energético que
a consciência emprega para dar vida ao corpo e acionar o intelecto.
O aumento do número de pessoas
descontroladas ou dependentes emocionalmente, melindrosas, com posturas
castradoras, dominadoras ou chantagistas, entre outras, mostra mais uma
face da perda ou desgaste energético.
O desequilíbrio emocional é responsável
pela maioria dos desgastes e das depressões energéticas, dos roubos e
das perdas de vitalidade. Os consultórios que trabalham com terapias
energéticas ou magnéticas estão repletos de casos em que o consulente se
apresenta completamente desvitalizado e, após se submeter ao processo
de reenergização, demonstra acentuada melhora. Todavia, embora pessoas
com turbulência emocional crônica possam efetivamente beneficiar-se com
alguma prática bioenergética, na grande maioria das vezes nota-se a
volta ao quadro inicial e, em certas ocasiões, até um recrudescimento
dos sintomas. Acredito que nesses casos a pessoa pode estar a procurar
soluções externas para problemas internos. Beneficiam-se de algum modo, é
claro, mas, como não estão dispostas a educar as fontes de pensamento,
tampouco as emoções, não é de se esperar outra coisa, senão o
reaparecimento do desequilíbrio. Se não houver reeducação do pensamento e
das emoções tão logo se verifique a melhora proporcionada pelos
tratamentos energéticos, tudo retornará ao que era antes. Como a
situação de bem-estar foi um "empréstimo", um recurso externo, cabe ao
consulente conservar esse esta¬do, o que só será possível com a mudança
interior. Do contrário, assim que cessar a terapia virá à tona o estado
anterior, pois não se soube criar condições para manter a harmonia
motivada pelo terapeuta e não se desenvolveram as bases emocionais nem
as atitudes que pudessem levar a pessoa a um estado de qualidade
energética.
4. Esforço físico incompatível com o estado de saúde e a realidade do corpo.
Em nossa sociedade, os indivíduos
apresentam características díspares de comportamento. É comum haver quem
não age nem atua em conformidade com os limites de suas possibilidades
físicas ou de saúde.
Mas não fala¬mos apenas do excesso de
trabalho, desproporcional para um corpo que não possui condições de se
dedicar a ele de maneira intensa. Há a situação oposta, bastante
frequente, daqueles que não trabalham, levam uma vida ociosa e
improdutiva, com o corpo em plenas condições de produzir. Parece que
essas pessoas se aposentaram da vida e aguardam ansiosas o fim
definitivo do trabalho, para jamais correrem o risco de ter de trabalhar
novamente. Esperam o mundo acabar e se acabam na inutilidade que se
obrigam a viver. Esse estado gravíssimo é cada vez mais observado,
principalmente no sexo masculino, após a conquista da aposentadoria.
É natural que, diante de um quadro de
inatividade, prostração, haja uma reação fisiológica compatível com a
atitude do indivíduo. Em razão do excesso de ociosidade, o corpo passa a
corresponder de forma mais ou menos intensa, porém progressiva, à falta
de atividade produtiva. A saúde, não apenas do veículo somático, mas
como expressão mais ampla de equilíbrio vital e emocional, fica
seriamente comprometida diante do desrespeito aos limites e à capacidade
produtiva do ser.
5. Falta de nutrientes naturais oferecidos pelo planeta
A larga difusão de alimentos e bebidas
industrializados, diversos dos quais com grau de toxidade comprovado e
alto teor alcoólico, acabam por provocar uma mudança gradual, porém
consistente, no comportamento da população. A opção pela vida artificial
ou sua valorização, intensamente estimulada pela publicidade e pelos
meios de comunicação de massa, angariou a simpatia de milhões de
pessoas, que trocam prazerosamente as fontes naturais de abastecimento
vital pelas drogas sociais, de modo especial, o álcool. Cerveja e outras
bebidas, refrigerantes e cada vez mais alimentos chamados energéticos,
embora possuidores de aditivos químicos, escassas em nutrientes e nada
saudáveis, têm feito parte da dieta regular de grande número de pessoas
por todo o mundo - e em quantidades a cada dia maiores.
Os hábitos naturais, como a ingestão de
água, por exemplo, acabam perdendo espaço diante das novidades que vêm
sendo incorporadas ao cotidiano das pessoas. O ar, mais poluído dia após
dia, é assimilado com naturalidade por bilhões de pessoas que não
percebem as mudanças lentas se operando em seu metabolismo, de tal forma
intensas que afetam as estruturas interna e etérica de seus organismos.
O contato com as fontes naturais deixa aos poucos de ser um
comportamento cotidiano para se transformar num meio de divertimento de
poucos indivíduos considerados estranhos ou excêntricos.
Como manter o abastecimento vital do
organismo se estamos progressivamente afastando-nos dos ambientes
naturais? Como não sentir os choques vibratórios e vitais que invadem a
privacidade do corpo físico e das emoções se nos distanciamos
gradualmente das reservas energéticas que nos manteriam robustecidos? Ar
e água puros são grandes condutores da energia cósmica e do prana.
Qualquer indivíduo que se afaste dos ambientes naturais por qualquer
motivo deveria, de tempos em tempos, programar um retorno a esses
lugares, a fim de se reabastecer.
Rios, cachoeiras, mares, matas e
montanhas, além de serem reservas naturais, são potentes fontes de
energia natural. No contato com tais elementos, sagrados para a ecologia
planetária, o organismo se refaz, o corpo etérico ou vital se recompõe e
o psicossoma promove intenso intercâmbio com as energias magnéticas
encontradas. Muitas disfunções psicofísicas são curadas mediante o
contato mais intenso com recantos onde as energias virgens da natureza
encontram livre curso. Beber água de maneira regular faz com que o
organismo físico absorva maior concentração energética, principalmente a
água mineral natural, pois a água é o veículo de concentração vital e
energética por excelência.
6. Exercício físico insuficiente.
Quantas pessoas passam seu tempo ou
deixam o tempo passar por elas sem usufruírem de um momento se quer para
exercitar os músculos?
Ao experimentar o exercício físico, mesmo
que durante poucos minutos diários, o indivíduo faz com que as energias
vitais circulem em seu organismo, liberando toxinas ou desfazendo
entroncamentos energéticos prejudiciais. A falta do exercício físico,
além de afetar o desempenho do corpo e da mente, faz com que a preguiça
encontre livre acesso e assim se estabeleça o caos orgânico, pela
improdutividade.
Dificilmente uma pessoa que não se
exercita poderá adquirir resistência física ou energética, pois os
canais de energia também se obstruem como ocorre com veias e artérias.
Essa obstrução dos meridianos produz um esta¬do quase permanente de
fraqueza e desvitalização. É comum que indivíduos sedentários se
ressintam com maior intensidade dos impactos energéticos inerentes ao
dia-a-dia. Isso ocorre porque as energias absorvidas em seu cotidiano
acabam por estagnar-se devido à ausência de movimento e ao marasmo do
corpo, ao invés de circularem e se dissiparem naturalmente. Formações
energéticas depressoras aos poucos obstruem a circulação energética,
densificando ou saturando o corpo etérico, que perde em viço e
plasticidade.
Perdurando a situação de inatividade física, todo o processo tende a se agravar, o que acaba por minar as resistências imunológicas do duplo etérico, deixando a pessoa com maior sensibilidade não somente aos impactos magnéticos e descargas energéticas, mas também aos ataques conscienciais da esfera extra física.
Perdurando a situação de inatividade física, todo o processo tende a se agravar, o que acaba por minar as resistências imunológicas do duplo etérico, deixando a pessoa com maior sensibilidade não somente aos impactos magnéticos e descargas energéticas, mas também aos ataques conscienciais da esfera extra física.
7. Fatores climáticos e atmosféricos adversos.
O clima é outro fator importante a ser
avaliado quando alguém se sente desvitalizado. Muita gente tem pouca
resistência ao calor, por exemplo, ou ao frio; assim, numa ocasião ou
noutra, deparará com maior dificuldade de produção e menor rendimento
em suas atividades. Notadamente o calor excessivo poderá causar
transtornos de ordem vital, impondo evidente perda energética,
principalmente as de natureza emocional.
A variação constante ou brusca do clima,
assim como os fenômenos de grande impacto - como tempestades,
vendavais, chuvas torrenciais, ressacas marinhas e catástrofes naturais, movimentam cotas intensas de energia do meio ambiente, e muita gente
é sensível a tais agitações. Corpos físicos humanos correspondem sempre
e quase que imediatamente às variações climáticas; basta estar atento
para percebê-las. Ao considerar a própria estrutura do soma, vemos que
ela responde de forma análoga às transformações ocorridas no ecossistema
planetário. Aliás, é um dos pressupostos da holística a integração ou
interdependência entre macrocosmo e microcosmo.
Ao emitir um diagnóstico para as chamadas
perdas energéticas, não se pode deixar de levar em conta o fator
climático, pois o homem é parte da natureza, a despeito das convicções
do mundo moderno, e com ela interage sem cessar.
8. Falta de resistência do corpo físico, ou corpo com poucas possibilidades vitais, devido a fatores cármicos ou acidentais.
Muitos egos ou consciências, ao
elaborarem um corpo físico para si, no processo de reencarnação no
planeta Terra, atraem um contingente de células físicas desorganiza¬das,
em correspondência natural a seu arcabouço psicológico necessitado de
reeducação, e em decorrência dele. Nessa situação, o corpo nasce
deficiente de alguma maneira, seja no aspecto externo e funcional, seja
no âmbito da vitalidade. Encontramos o último caso em pessoas que trazem
a aparência constante de adoecimento, desvitalização, apatia ou
fragilidade emocional. É lógico supor que elementos de ordem cármica
devem ter contribuído para a formação de um corpo com algum tipo de
deficiência. Contudo, além da possível causa de natureza cármica, podem
ocorrer algumas disfunções cuja origem está associada a acidentes antes
do nascimento, no útero materno, ou mesmo após o parto, causados por
fatores como ignorância, incúria imprevidência e muitos outros, e não
por circunstâncias reencarnatórias.
Certo é que tais pessoas se apresentam
com os corpos físico e etérico visivelmente debilitados devido a
limitações próprias de suas experiências particulares. Forçosamente, tal
situação nos leva a constatar que organismos físicos ou etéricos
dotados dessas características provavelmente devem oferecer
pouquíssimas condições de equilíbrio. Usados pela consciência em caráter
temporário estarão atrelados às origens desarmônicas descritas, por
toda a encarnação. De posse de seus corpos, mas não sendo eles os corpos
em si, tais indivíduos se encontram presos a inquietudes e limitações
severas, deficiências, incapacidades e outros tipos mais de adversidade.
Há ainda uma variação desse quadro,
expresso como desgaste natural dos corpos físico e etérico, tornando o
ser inapto para a realização de algumas tarefas ou com graves
dificuldades de manter estados emocionais de ordem superior. É que, na
sua maioria, sucumbem diante das limitações físicas ou energéticas,
reais ou aparentes, e entregam-se à depressão, à mágoa e a sentimentos
desequilibrados, na tentativa desesperada de antagonizar a dificuldade
ou protestar contra a situação temporária. Casos assim exigem, além de
atendimento especializado e regular por parte da medicina,
acompanhamento emocional permanente, pois que não somente o corpo físico
está desgastado, limitado ou debilitado, mas principalmente os corpos
etérico e emocional ou psicossoma.
Em resumo, não adianta "tapar o sol com a
peneira", como diz o velho ditado. Embora a força e a coragem, a
disciplina e as conquistas de alguns indivíduos que vivenciam as
situações mencionadas, é imperioso haver acompanhamento ou tratamento
emocional e reeducativo das bases do pensamento. Há que se render ao bom
senso e admitir que determinadas tarefas ou estruturas de vida são
inapropriadas para quem vive impedimentos dessa natureza. Nadar contra a
correnteza, ir na direção contrária a que as necessidades apontam
talvez acarrete um desgaste que a consciência não está pronta para
administrar.
O espírito acaba por sucumbir, extenuado,
após diversas tentativas contrárias à natureza do organismo ¬ dos
corpos físico e etérico dos quais se utiliza.
Como entender, então, que uma pessoa com
profundas deficiências emocionais e energéticas e sérias limitações em
seu campo energético pessoal se dedique a tarefas nas quais é necessário
doar bioenergias? De que fonte extrairá recursos energéticos para
transmiti-las a outros, se ela própria oscila constantemente entre
estados de maior ou menor desarmonia energética? Como manter a aparência
de equilíbrio energético e emocional, quando a natureza - ou a própria
consciência - designou para si um sistema orgânico que atesta, a todo
instante, sua carência vital, emocional e energética?
Com efeito, alguns superam inúmeros
desafios e conseguem manter, por um tempo dilatado, algo que se
assemelha à harmonia. Entretanto, ao referirmo-nos ao estado de
equilíbrio necessário ao desempenho da atividade terapêutica com
bioenergia, dirigimo-nos muito mais ao fator energético-vital, às
reservas de energia e vitalidade do duplo etérico e do corpo astral, do
que propriamente aos impedimentos de ordem física, que podem ser
mascarados. Não há como ignorar que é das fontes intrínsecas ao corpo
vital que o magnetizador extrairá as bioenergias que transmite no ato de
doação, manipulação ou trans¬mutação fluídica. Perguntamos, então,
reiteradamente: e se as próprias reservas estiverem comprometidas? Como
manter um nível vital mínimo para doar a outros?
Creio que é preciso bom senso, sabedoria e
visão desapaixonada para verificar quando os obstáculos naturais que se
interpõem entre o desejo e a condição real do indivíduo se constituem
em verdadeiros impedimentos, no momento em que a consciência se
manifesta no mundo com vistas a sua própria reeducação. Deve-se buscar
sempre a coerência com a sua própria estrutura orgânica e energética.
9. Fatores emocionais extremos: decepções, cansaço mental e emocional.
Alguns fatores dificultam a absorção das
energias que mantêm o equilíbrio vital. No planeta Terra, no presente
momento evolutivo, estão incorporados nos corpos humanos egos ou
consciências, em sua grande maioria, carentes de reeducação emocional.
Pela simples observação, deduz-se que as pessoas em geral são bastante
permeáveis ao descontrole emocional e energético, cujas bases remontam
ao passado reencarnatório das multidões. Verifica¬mos quanto as questões
emocionais, com suas nuanças e seus agravantes, interferem no tônus
vital de cada um.
Grande número de pessoas atribui seu
desgaste e descontrole a agentes da dimensão extra física - às vezes até
como pretexto para justificar seu comportamento. Assim, teima em
continuar negando ou desviando a atenção das próprias deficiências
emocionais e da desorganização moral que traz impregnada em seu ser, num
fenômeno clássico denominado pela psicologia como projeção. Muitos
estão mergulhados num mar de emoções descontroladas ou vivem nos limites
do equilíbrio emocional, mas não estão dispostos a encarar a própria
debilidade, pois que é mais atraente creditar tais perdas, desgastes e
danos energéticos a terceiros. Daí a eleger causas mirabolantes, de
natureza mística, extra física ou extra-sensorial, é um passo. Logo
aparecem argumentos que creditam tais distúrbios à paranormalidade ou à
mediunidade descontrolada, "não desenvolvida" etc ... Dessa maneira, a
um só tempo, sustenta-se o desequilíbrio emocional e obtém-se destaque
para si, preenchendo a carência por atenção, pois há certo status em ser
vítima de forças ocultas e "sobrenaturais", não? Para esses indivíduos,
parece que sim.
É muito comum encontrar esse tipo humano
buscando soluções religiosas, prodigiosas e fantasiosas para a
problemática que é interna, psicológica e emocional.
Ele imputa a um agente externo - seja um
espírito ou um suposto trabalho de magia que visa prejudicá-lo - o
próprio descontrole, desequilíbrio e, às vezes, até mesmo a fuga da
realidade. Ao topar com pretensos terapeutas, guias espirituais
desinformados e incapazes de variada espécie, com profundas tendências
místicas, entrega-se a maiores desvarios, até desembocar em amargas
decepções e tragédias pessoais. Eis como milhares, estacionados numa
postura mística e sem nenhum senso prático da vida, entregam-se, com
facilidade e naturalidade impressionantes, à condução cega e perigosa de
indivíduos cheios de segundas e terceiras intenções.
O caos emocional que não é trabalhado
conveniente¬mente acaba produzindo insatisfação, constrangimento e perda
de tempo, com consequente aumento apreciável da problemática inicial.
Adiar indefinidamente o enfrentamento daquilo que incomoda, transferindo
responsabilidades, é dos caminhos mais daninhos e drásticos que podem
ser tomados. Com o passar do tempo, o ser constrói uma realidade
paralela e, enredado em meio a tantas desculpas, justificativas e
explicações que inventou para mascarar a fuga insensata de seus reclames
internos, não sabe mais como se conduzir, perdendo as rédeas da
própria vida. Evidentemente, vive quase sempre em estado de perda
energética ou de pseudo-obsessão.
10. Desconforto emocional e doenças da alma.
Muitas anomalias energéticas são geradas a
partir de algumas emoções de caráter doentio, notadamente mágoa,
ressentimento e medo excessivo, além de atitudes igualmente nocivas,
como fuga, constrangimento e abatimento extremos. Fatores como esses
criam algo semelhante a uma fuligem em torno do corpo psicossomático,
dificultando a assimilação de energias externas ou limitando o poder de
transmutá-las e absorvê-Ias, de modo análogo ao que ocorre com as ervas
daninhas em meio à horta.
Nada pior que a mágoa para apagar o
brilho da vida e a beleza da alma humana. Juntamente com as idéias
errôneas e castradoras que se abrigam nas fontes do pensamento e das
emoções, colabora para formar o panorama interno de infelicidade e
desgosto profundos. Somem-se a isso os mecanismos de fuga da realidade -
em geral, da realidade interior - e das responsabilidades perante a
vida, o destino e a conquista da realização pessoal.. Pronto: está
desenhado um quadro lamentável, que exige coragem, determinação e muito
trabalho para ser revertido.
Medo excessivo, acanhamento e apatia
frente à vida e aos desafios que lhe são inerentes ocasionam o
comprometimento do fluxo energético que sustenta a vitalidade orgânica;
enquanto estiver debilitada, a pessoa mantém¬ se em estado de desânimo
incomum, em que predomina a depressão. O corpo psicossomático ou
emocional termina por sucumbir, dado à falta de resistência a
desequilíbrios que são intensos e, sobretudo, duradouros.
Ao contrário do que crê o senso comum, as
conseqüências energéticas da emoção desajustada são absolutamente
concretas; repercutem na estrutura astral com tamanha violência, que
causaria surpresa àqueles que imaginam a dimensão extrafísica como um
plano diáfano, brando e suave.
Trecho do livro Energia - Nova dimensões da Bioenergética Humana, de Robson Pinheiro. Editora Casa dos Espíritos.
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