FUNÇÃO
MEDIÚNICA
M – Questão 226
Mediunidade é igual ao trabalho: acessível a
todos.
Entretanto, qual ocorre ao trabalho, é
forçoso que o servidor dela seja leal ao próprio dever, para que a obra
alcance os fins em vista.
O mais humilde dos utensílios tem qualidades
polimórficas.
Qualquer médium também é suscetível de ser
mobilizado, na produção de fenômenos múltiplos, favorecendo pesquisas e
observações, com algum proveito, mas se quisermos rendimento medianímico,
seguro e incessante, na composição doutrinária do Espiritismo, cada
tarefeiro da Mediunidade, embora pronto a colaborar, seja onde for, no
levantamento do bem, é convidado logicamente a consagrar-se à própria
função, conquanto possua faculdades diversas, a, ando-a, estudando-a,
desenvolvendo-a e praticando-a, no serviço ao próximo, que será sempre
serviço a nós mesmos.
Se fomos chamados a ensinar, através da
palavra falada, aprimoremos a emoção e selecionemos a frase, para que os
instrutores da Vida Maior nos utilizem o verbo, por agente de luz,
construindo esclarecimento e consolação nos que ouvem; se designados a
escrever, façamos em nós bastante silêncio interior, a fim de que a voz do
mundo espiritual se manifeste por nossas mãos, instruindo a quem lê; se
indicados ao labor curativo, sustentemos o magnetismo pessoal tão limpo
quanto possível, para que os emissários celestes nos empreguem as energias
no socorro aos doentes; se trazidos a cooperar na desobsessão, mantenhamos
o pensamento liberto de idéias preconcebidas, a fim de que os benfeitores
desencarnados nos encontrem capazes da enfermagem precisa, no amparo aos
companheiros desorientados e sofredores, sem criar-lhes problemas...
Mero ferrolho, deve estar no lugar próprio,
para atender à serventia que se lhe roga dentro de casa.
Simples fio, para canalizar os préstimos da
eletricidade, necessita ajustar-se à ligação correta, de modo a garantir a
passagem da força.
Sobretudo, é imperioso recordar que
todos podemos ser medianeiros do bem, sob a inspiração de Jesus,
honorificando encargos e responsabilidades, em posição certa, no plano de
construção da felicidade geral. É por isso que ele, o Cristo de Deus, não
nos disse que o maior no reino dos Céus será quem saiba fazer tudo, mas
sim aquele que se fizer o servo leal de todos.
(De “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido
Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)
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