quarta-feira, 28 de março de 2012
FENÔMENO E
DOUTRINA
Emmanuel
Até hoje, os fenômenos mediúnicos que se desdobraram à margem
do apostolado do Cristo se definem como sendo um conjunto de teses discutíveis,
mas os ensinamentos e atitudes do Mestre constituem o maciço de luz
inatacável do Evangelho, amparando os homens e orientando-lhes o caminho.
Existe quem recorra à idéia da fraude piedosa para justificar a
transformação da água em vinho, nas bodas de Caná.
Ninguém vacila, porém, quanto à grandeza moral de Jesus, ao traçar
os mais avançados conceitos de amor ao próximo, ajustando teoria e prática,
com absoluto esquecimento de si mesmo em benefício dos outros, num meio
em que o espírito de conquista legitimava os piores desvarios da multidão.
Invoca-se a psicoterapia para basear
a cura do cego Bartimeu.
Há, todavia, consenso unânime, em todos os lugares, com respeito
à visão superior do Mensageiro Divino, que dignificou a solidariedade
como ninguém, proclamando que “O maior no Reino dos Céus será sempre
aquele que se fizer o servidor de todos na Terra”, num tempo em que o
egoísmo categorizava o trabalho à conta de extrema degradação.
Fala-se em hipnose para explicar a multiplicação dos pães.
O mundo, no entanto, a uma voz, admira a coragem do Eterno Amigo
que se consagrou aos sofredores e aos infelizes sem qualquer preocupação
de posse terrestre, conquanto pudesse escalar os pináculos econômicos,
numa época em que, de modo geral, até mesmo os expositores de virtude
viviam de bajular as personalidade influentes e poderosas do dia.
Questiona-se em torno do reavivamento de Lázaro.
Entretanto, não há quem negue respeito incondicional ao Benfeitor
Sublime que revelou suficiente desassombro para mostrar que o perdão é
alavanca de renovação e vida, num quadro social em que o ódio coroado
interpretava a humildade por baixeza.
Debate-se, até agora, o problema da ressurreição dele próprio.
No entanto, o mundo inteiro reverencia o Enviado de Deus, cuja
figura renasce, dia a dia, das cinzas do tempo, indicando a bondade e a
concórdia, a tolerância e a abnegação por mapas da felicidade real, no
centro de cooperadores que se multiplicam, em todas as nações, com a
passagem dos séculos.
Recordemos semelhantes lições na Doutrina Espírita.
Fenômenos mediúnicos serão sempre motivos de experimentação e
de estudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica,
mas educação evangélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são
forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à
dúvida em qualquer parte.
Francisco
Cândido Xavier - Emmanuel - Livro Mediunidade e Sintonia
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EM TORNO DA MEDIUNIDADE
Emmanuel
Ser médium não é simplesmente fazer-se veículo de fenômenos
que transcendem a alheia compreensão.
Acima de tudo, é indispensável entendamos na faculdade mediúnica
a possibilidade de servir, compreendendo-se que semelhante faculdade é
característica de todas as criaturas.
Acontece, porém, que o homem espera habitualmente pelas entidades
protetoras em horas de prova e sofrimento, para arremessar-se ao estudo e
ao trabalho quase sempre com extremas dificuldades de aproveitamento das
lições que o visitam, quando o nosso dever mais simples é o de seguir,
em paz, ao encontro da Espiritualidade Superior, movimentando a nossa própria
iniciativa, no terreno firme do bem.
A própria natureza é pródiga de ensinamentos nesse particular.
A terra é médium da flor que se materializa, tanto quanto a flor
é medianeira do perfume que embalsama a atmosfera.
O Sol é médium da luz que sustenta o homem, tanto quanto o homem
é o instrumento do progresso planetário.
Todos os aprendizes da fé podem converter-se em médiuns da
caridade através da qual opera o Espírito de Jesus, de mil modos
diferentes, em cada setor de nossa marcha evolutiva.
Ampara aos teus semelhantes e encontrarás a melhor fórmula para o
seguro desenvolvimento psíquico.
Na plantação da simpatia, por intermédio de uma simples palavra,
estabelecemos, em torno de nós, renovadora corrente de auxílio.
Não aguardes o toque de inteligências estranhas à tua, para que
te transformes no canal da alegria e da fraternidade, a benefício dos
outros e de ti mesmo.
Francisco
Cândido Xavier - Emmanuel - Livro Mediunidade e Sintonia
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XXV - ORAÇÃO
André Luiz
MEDIUNIDADE E RELIGIÃO – Misturada à magia vulgar, a mediunidade é de tosos
os tempos no mundo.
Confundida entre os totens e manitus, nas raças primitivas, alteia-se,
gradativamente, e surge, suntuosa e complexa, nos templos iniciáticos dos
povos antigos, ou rebaixada e desordenada, entre os magos da praça pública.
Ocioso seria enumerar sucessos e profecias, constantes dos livros sagrados
das regiões, nas épocas anciãs.
A
cada passo, nas recordações de todas elas, encontramos referências a
manifestações de anjos e demônios, evocações e mensagens de seres
desencarnados, visões e sonhos, encantamentos e exorcismos.
REFLEXO CODICIONADO E MEDIUNIDADE – Em toda a parte, desde os amuletos das
tribos mergulhadas em profunda ignorância até os cânticos sublimados dos
santuários religiosos dos tempos modernos, vemos reflexo condicionado,
facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o
plano espiritual.
Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e
perfumes, não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de
ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que
as arremessadas pelo operador dessa ou daquela cerimônia mágica ou religiosa
e pelas assembléias que os acompanham, visando a certos fins.
E
compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da
mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta
procura induzir à emissão de energias do mesmo naipe com que, à base de
terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma,
sempre que não possua a integridade da consciência tranqüila; o sacerdote de
classe elevada, toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar
um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais
enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxílio da
Esfera Superior; o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e
doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais
restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes
em todos os escaninhos da Natureza; o professor, estimulando o discípulo a
dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar
os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para
incorporar a carga de conhecimento de que necessita.
GRANDEZA DA ORAÇÃO – Observamos em todos os momentos da lama, seja no
repouso ou atividade, o reflexo condicionado (ou ação independente da
vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) na base das
operações da mente, objetivando esse ou aquele gênero de serviço.
Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de
vez que somente a conduta reta sustenta o reto pensamento e, de posse do
reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura
intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos,
para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores.
De
essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do
espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os
elementos mais puros de que possa dispor.
No
reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na
dor, na tranqüilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que
a formula, efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do /céu
corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento
educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.
A
mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta
ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz.
Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes
mentais, arrojando-as à sublimação.
EQUILÍBRIO E PRECE – É indispensável compreender que a Inteligência
encarnada conta com múltiplos meios de preservar o corpo físico em que se
demora.
Além dos inestimáveis serviços da pele e da mucosa intestinal que o defendem
das intromissões indébitas de elementos físicos e químicos, prontos a lhe
arruinarem a estabilidade, o homem consegue mobilizar todo um sistema de
quimioterapia bacteriostática levada a efeito por determinadas unidades
microbianas sobre outras, na vanguarda dos processos imunológicos.
É
possível, então, coibir, com relativa segurança, a febre tifóide, as
disenterias, a tuberculose, as riquetsioses, a psitacose, as infecções
pulmonares e urinárias, etc.; entretanto, não acontece o mesmo, quando nos
reportamos à atmosfera psicológica em que toda criatura se submerge na vida
social do Planeta.
Visto a distância, o homem, na arena carnal, pode ser comparado a um viajor
na selva de pensamentos heterogêneos, aprendendo, por intermédio de rudes
exercícios, a encontrar o seu próprio caminho de libertação e de ascese.
Mentalmente exposto a todas as influências psíquicas, é imperioso se eduque
para governar os próprios impulsos, aperfeiçoando-se moral e
intelectualmente, para que se lhe aprimorem as projeções.
No
que tange à saúde e manutenção do corpo e no que se refere à aquisição de
conhecimentos, utiliza a consulta a médicos e nutricionistas, professores e
orientadores diversos. É natural, dessa forma, se valha da prece para
angariar a inspiração de que precisa, a fim de afinizar-se com as diretrizes
superiores.
No
circuito de forças estabelecido com a oração, a alma não apenas se predispõe
a regenerar o equilíbrio das células viciadas ou exaustas, através,
espontaneamente, assimilando os raios da Vida Mais Alta a que se dirige, mas
também reflete as sugestões iluminativas das Inteligências desencarnadas de
condições mais nobre com as quais se coloca em relação.
PRECE E RENOVAÇÃO – Na floresta mental em que avança, o homem freqüentemente
se vê defrontado por vibrações subalternas que o golpeiam de rijo,
compelindo-o à fadiga e à irritação, sejam elas provenientes de ondas
enfermiças, partidas dos desencarnados em posição de angústia e que lhe
partilham o clima psíquico, ou de oscilações desorientadas dos próprios
companheiros terrestres desequilibrados a lhe respirarem o ambiente. Todavia
tão logo se envolva nas vibrações balsâmicas da prece, ergue-se-lhe o
pensamento aos planos sublimados, de onde recolhe as idéias transformadoras
dos Espíritos benevolentes e amigos, convertidos em vanguardeiros de seus
passos, na evolução.
Orar constitui a fórmula básica da renovação íntima, pela qual divino
entendimento desce do Coração da Vida para a vida do coração.
Semelhante atitude da alma, porém, não deve, em tempo algum, resumir-se a
simplesmente pedir algo ao Suprimento Divino, mas pedir, acima de tudo, a
compreensão quanto ao plano da Sabedoria Infinita, traçado para o seu
próprio aperfeiçoamento, de traçado para o seu próprio aperfeiçoamento, de
maneira a aproveitar o ensejo de trabalho e serviço no bem de todos, que vem
a ser o bem de si mesma.
MEDIUNIDADE E PRECE – A mediunidade, na ordem superior da vida, esteve
sempre associada à oração, para converter-se no instrumento da obra
iluminativa do mundo.
Entre os egípcios e hindus, chineses e persas, gregos e cipriotas, gauleses
e romanos, a prece, expressando invocação ou louvor, adoração ou meditação,
é o agente refletor do Plano Celeste sobre a alma do homem.
Orando, Moisés recolhe, no Sinai, os mandamentos que alicerçam a justiça de
todos os tempos, e igualmente em prece, seja nas margens do Genesaré ou em
pleno Tabor, respirando o silêncio de Getsêmani ou nos braços da cruz, o
Cristo revela na oração o reflexo condicionado de natureza divina,
suscetível de facultar a sintonia entre a criatura e o Criador.
Do
livro: Mecanismos da Mediunidade
Psicografia: Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira
Psicografia: Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira
Pelo
Espírito de : André Luiz
ANOTAÇÕES DA MEDIUNIDADE
Emmanuel
Recebamos a experiência,
por mais difícil, com a luz da confiança no Senhor que, nos oferecendo a luta
depuradora, nos possibilita a própria regeneração.
Podemos e devemos esposar a
nossa iniciação, no aprimoramento para a Vida Superior, começando a ser bons.
Desperta e faze algo que te
impulsione para a frente na estrada de elevação.
A vida não te reclama
atitudes sensacionais, gestos impraticáveis, espetáculos de súbita grandeza...
Pede simplesmente sejas
sempre melhor para aqueles que te cruzem os passos.
No lar, na profissão, nos
templos da fé, na intimidade ou na via pública, somos convidados ao bem que
Jesus testemunhou, a fim de que a nossa diretriz, a expressar-se no exemplo,
projete-se nas mentes que nos rodeiam, induzindo-as à renovação.
Se a semente recusasse o
sacrifício no seio da gleba em que aprende a morrer para ressurgir a benefício
dos outros, não colheríamos o grão que nos supre o celeiro e, se o grão
repelisse a mó que o desintegra, a pretexto de conservar-se, não disporíamos do
recurso indispensável do pão que nos alimenta.
Não olvidemos que, tanto
quanto possível, ao invés de rogarmos auxílio, antes de tudo, devemos auxiliar,
na certeza de que , se a nossa palavra elucida e reanima, somente a nossa
atitude positiva na prática dos princípios que propagamos será bastante forte
para reformar-nos.
Anota, em torno de ti
mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz, esperança e consolo.
Guardemos a correta atitude
do aprendiz do Senhor que não desconhece o sacrifício de si mesmo como estrada
única para a ascensão a que se propõe.
Fenômenos mediúnicos serão
sempre motivos de experimentação e de estudo, tanto favorecendo a convicção,
quanto nutrindo a polêmica, mas educação evangélica e exemplo em serviço,
definição e atitude, são forças morais irremovíveis da orientação e da lógica,
que resistem à dúvida em qualquer parte.
Mediunidade é instrumento
vibrátil e cada criatura consciente pode sintoniza-lo com o objetivo que
procura.
“Acharás o que buscas”
ensina o Evangelho, e podemos acrescentar “farás o que desejas”.
Assim sendo, se te relegas
à maledicência, em breve te constituirás em veículo dos gênios infelizes que se
dedicam à injúria e à crueldade.
Se te deténs na caça ao
prazer dos sentidos, cedo te converterás no intérprete das inteligências
magnetizadas pelos vícios de variada expressão.
...Todavia, se te empenhas
na boa vontade para com os semelhantes, imperceptivelmente terás o coração
impelido pelos mensageiros do Eterno Bem ao serviço que possas desempenhar na
construção da felicidade comum.
Observa o próprio rumo para
que não te surjam problemas de companhia.
Eleva-te no aperfeiçoamento
próprio e caminharás de espírito bafejado pelo concurso daqueles pioneiros da
evolução que te precederam na jornada de luz, guiando-te as aspirações para as
vitórias da alma.
...Não nos esqueçamos,
porém, de que o movimento é de intercâmbio.
Se o homem recebe o
concurso dos Espíritos Benfeitores , é natural que os Espíritos Benfeitores algo
esperem igualmente do homem.
Nada existe sem permuta ou
sem resultado.
O lavrador planta as
sementes e recolherá os frutos.
O lapidário auxilia a
pedra, que lhe retribui, mais tarde, com a sua beleza e brilho.
... E nós, que tanto temos
recebido de Jesus, que oferecemos em troca ?
Mediunidade sem exercício
no bem é semelhante ao título profissional sem a função que lhe corresponde.
Não procures o médium dos
Espíritos Benfeitores qual se fosses defrontado por um ser sobrenatural.
O médium é um companheiro.
É um trabalhador.
É um amigo.
E é sobretudo nosso irmão,
com dificuldades e problemas análogos àqueles que assediam a mente de qualquer
espírito encarnado.
Não alegues a suposta
ingratidão dos outros para desertar da Seara do Bem.
Na engrenagem da vida, cada
qual de nós é peça importante com funções específicas.
Ninguém recebe o
conhecimento superior tão-só para o proveito próprio.
Saibamos dividir o tesouro
da compreensão em parcelas de bondade.
Seja qual for o contratempo
que se te erija em obstáculo na estrada a percorrer, age para o bem.
Nem sempre conseguirás
materializar os amigos da Vida Maior para satisfazer a sede de verdade que
tortura a muitos de nossos companheiros na Terra, mas sempre podes
substancializar essa ou aquela providência suscetível de prodigalizar-lhes
tranqüilidade e consolação.
Nem sempre obterás a
mensagem de determinados amigos que residem no Mais Além, para a edificação
imediata dos que sofrem no Plano Físico; entretanto, sempre podes improvisar
algum recurso com que se lhes restaurem a energia e o bom ânimo.
Nem sempre lograrás a cura
de certas enfermidades no corpo de irmãos padecentes; todavia, sempre podes
lenir-lhes o coração e aclarar-lhes a alma com o apoio fraterno,
habilitando-lhes a mente para a cura espiritual.
A terra é médium da flor
que se materializa, tanto quanto a flor é medianeira do perfume que embalsama a
atmosfera.
O Sol é o médium da luz que
sustenta o homem, tanto quanto o homem é o instrumento do progresso planetário.
Todos os aprendizes da fé
podem converter-se em médiuns da caridade, através da qual opera o Espírito de
Jesus de mil modos diferentes, em cada setor de nossa marcha evolutiva.
Ampara os teus semelhantes
e encontrarás a melhor fórmula para o seguro desenvolvimento psíquico.
Amontoavam-se vermes onde
se congregam frutos desaproveitados ou apodrecidos, assim como a luz brilha onde
encontra força ou material que lhe sirva de combustível.
O médium, para servir a
Jesus de modo positivo e eficiente, no campo da Humanidade, precisa
aperfeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a
fim de que se faça filtro de luz e paz, elevação e engrandecimento para a vida e
para o caminho das criaturas.
Quem deseje crescer para a
Espiritualidade Superior não pode menosprezar o alfabeto, o livro, o ensinamento
e a meditação.
Jesus é o nosso Divino
Mestre.
Eduquemo-nos com Ele, a fim
de que possamos realmente educar.
Por mais que se fale em
mediunidade, é forçoso referir-nos sempre à disciplina que só a Doutrina
Espírita consegue orientar para o bem.
Agir no bem é buscar a
simpatia dos Espíritos Sábios e Benevolentes, encontrando-a.
Para curar, é preciso
trazer o coração por vaso transbordante de amor e, quem realmente ama, não
encontra ensejo de reclamar.
Livro:
Anotações da Mediunidade - Francisco C. Xavier
terça-feira, 27 de março de 2012
Mensagem :: Perante a mediunidade
PERANTE A MEDIUNIDADE
André Luiz
Reprimir qualquer iniciativa
tendente a assinalar a mediunidade, o médium ou os fatos mediúnicos como
extraordinários ou místicos.
O intercâmbio mediúnico é
acontecimento natural e o médium é um ser humano como qualquer outro.
Certificar-se de que o
exercício natural da mediunidade não exime o médium da obrigação de viver
profissão honesta na sociedade a que pertence.
Não pode haver assistência
digna onde não há dever dignamente cumprido.
Precaver-se contra as petições
inadequadas junto à mediunidade.
Os médiuns são companheiros
comuns que devem viver normalmente as experiências e as provas que lhes cabem.
Por nenhuma razão elogiar o
medianeiro pelos resultados obtidos através dele, lembrando-se que é sempre
possível agradecer sem lisonjear.
Para nós, todo o bem puro e
nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor.
Ainda mesmo premido por
extensas dificuldades, colocar o exercício da mediunidade acima dos eventos
efêmeros e limitados que varrem constantemente os panoramas sociais e religiosos
da Terra.
A mediunidade nunca será
talento para ser enterrado no solo do comodismo.
Conversar sobre fenômenos
mediúnicos e princípios espíritas apenas em ambientes receptivos.
Há terrenos que ainda não
estão amanhados para a semeadura.
Prosseguir sem vacilações no
consolo e no esclarecimento das almas, esquecendo espinheiros e pedras do vale
humano, para conquistar a luz da imortalidade que fulgura nos cimos da vida.
Desenvolver-se alguém
mediunicamente, a bem do próximo, é ascender em espiritualidade.
“E nos
últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu espírito
derramarei sobre toda
carne.” (ATOS,
2:17.)
Ditado Pelo Espírito -
André Luiz - Psicografia Waldo Vieira
Mensagem :: Função mediúnica
FUNÇÃO
MEDIÚNICA
M – Questão 226
Mediunidade é igual ao trabalho: acessível a
todos.
Entretanto, qual ocorre ao trabalho, é
forçoso que o servidor dela seja leal ao próprio dever, para que a obra
alcance os fins em vista.
O mais humilde dos utensílios tem qualidades
polimórficas.
Qualquer médium também é suscetível de ser
mobilizado, na produção de fenômenos múltiplos, favorecendo pesquisas e
observações, com algum proveito, mas se quisermos rendimento medianímico,
seguro e incessante, na composição doutrinária do Espiritismo, cada
tarefeiro da Mediunidade, embora pronto a colaborar, seja onde for, no
levantamento do bem, é convidado logicamente a consagrar-se à própria
função, conquanto possua faculdades diversas, a, ando-a, estudando-a,
desenvolvendo-a e praticando-a, no serviço ao próximo, que será sempre
serviço a nós mesmos.
Se fomos chamados a ensinar, através da
palavra falada, aprimoremos a emoção e selecionemos a frase, para que os
instrutores da Vida Maior nos utilizem o verbo, por agente de luz,
construindo esclarecimento e consolação nos que ouvem; se designados a
escrever, façamos em nós bastante silêncio interior, a fim de que a voz do
mundo espiritual se manifeste por nossas mãos, instruindo a quem lê; se
indicados ao labor curativo, sustentemos o magnetismo pessoal tão limpo
quanto possível, para que os emissários celestes nos empreguem as energias
no socorro aos doentes; se trazidos a cooperar na desobsessão, mantenhamos
o pensamento liberto de idéias preconcebidas, a fim de que os benfeitores
desencarnados nos encontrem capazes da enfermagem precisa, no amparo aos
companheiros desorientados e sofredores, sem criar-lhes problemas...
Mero ferrolho, deve estar no lugar próprio,
para atender à serventia que se lhe roga dentro de casa.
Simples fio, para canalizar os préstimos da
eletricidade, necessita ajustar-se à ligação correta, de modo a garantir a
passagem da força.
Sobretudo, é imperioso recordar que
todos podemos ser medianeiros do bem, sob a inspiração de Jesus,
honorificando encargos e responsabilidades, em posição certa, no plano de
construção da felicidade geral. É por isso que ele, o Cristo de Deus, não
nos disse que o maior no reino dos Céus será quem saiba fazer tudo, mas
sim aquele que se fizer o servo leal de todos.
(De “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido
Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)
Estudo sobre a mediunidade :: Mediunidade - conceitos e tipos
Mediunidade - Conceito e Tipos
Mediunidade - Conceito:
Lamartine Palhano Jr. em seu
"Dicionário de Filosofia Espírita", conceitua mediunidade como sendo
uma faculdade inerente ao homem que permite a ele a percepção, em um grau
qualquer, da influência dos Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de
uma ou outra pessoa, pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um
organismo mais ou menos sensitivo.
Mediunismo:
Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o
termo mediunismo para designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do
mediunismo não significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito,
visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.
(veja ao final, pequena biografia de
Alexander Aksakof).
Mediunato:
Missão mediúnica da qual está investido
um médium. Esta expressão foi criada pelos próprios Espíritos: "Deus me
encarregou de desempenhar uma missão junto aos crentes a quem ele favorece com o
mediunato" - Joana d’Arc (Capítulo XXXI, comunicação XII, em "O Livro
dos Médiuns" de Allan Kardec.
Médium:
(Do latim: medium = meio;
intermediário; medianeiro). Pessoa que pode servir de intermediário entre os
Espíritos e os homens; aquele que em um grau qualquer sente a influência dos
Espíritos de modo ostensivo.
Como já foi mencionado, todo aquele que
sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium.
Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio
exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento dessa
faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia,
usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se
mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa
intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
A Predisposição Mediúnica:
A predisposição mediúnica independe do
sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social, da raça, da
cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais.
Todavia, quanto mais elevado for moralmente o médium, melhor instrumento este
se tornará à Espiritualidade.
O Desenvolvimento da Faculdade Mediúnica:
O desenvolvimento da faculdade
mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium
e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende,
portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não
podendo, consequentemente, quando o princípio não existe.
As relações entre os Espíritos e os
médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a
facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois
fluidos. Alguns há que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem,
donde se segue que não basta ser médium para que uma pessoa se comunique
indistintamente com todos os Espíritos.
Combinando os fluidos perispiríticos os
Espíritos não só transmitem aos médiuns seus pensamentos, como também chegam a
exercer sobre eles uma influência física, fazem-nos agir e falar à sua vontade.
Todavia, a elevação moral do médium e seu controle sobre a faculdade que possuí
impedirá que os Espíritos inferiorizados se adonem da sua faculdade e
paralisem-lhe o livre arbítrio.
Podem os espíritos manifestar-se de uma
infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de acharem uma
pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo
as aptidões que possua. Da diversidade de aptidões decorre que há diferentes
espécies de médiuns.
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