segunda-feira, 4 de junho de 2012

A importância das pessoas ::


.:: Relacionamento conjugal ::.
na Visão Espírita



O Namoro
Todo o relacionamento conjugal precede de um determinado tempo de maturação afetiva, marcado por um período denominado NAMORO.

O Namoro, segundo a visão espírita, se traduz por suave encantamento, onde dois seres descobrem um no outro de maneira "imprevista", motivos e apelos para a entrega recíproca, numa relação matrimonial e familiar.

No plano espiritual estes encontros são traçados obedecendo às Leis da reencarnação entre espíritos que, possivelmente, já tenham partilhado experiências passadas a nível afetivo e sexual.
Embora os estudos terrenos estejam propensos a designarem a atração entre dois seres através da libido, não podemos negligenciar que esta ligação vai além do físico, pois contamos com inteligências desencarnadas neste "jogo afetivo" resguardando e guiando companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento.


O Casamento
O Espiritismo ensina-nos que o casamento "é um progresso na marcha da Humanidade" e que a sua abolição significaria o "retorno à vida animal".
(O Livro dos Espíritos, Questões 695 e 696 )

O casamento ou união de dois seres origina um regime de vida em comum pela qual duas criaturas se confiam uma à outra no campo da assistência mútua, na criação e desenvolvimento de valores para a vida implicando em direitos e deveres de um para com o outro.

Para além da união física e moral, o ser liga-se a outro com um compromisso afetivo, sendo estabelecido entre ambos um circuito de forças pelo qual se alimentam psiquicamente de energias espirituais em regime de reciprocidade.
Quase sempre recebemos como cônjuge há quem muito prejudicamos no passado ou a quem conduzimos ao desequilíbrio.
Há quem fuja à responsabilidade do matrimônio para evitar problemas ou sofrimentos inerentes aos compromissos previamente assumidos no plano espiritual. Estará assim adiando o seu resgate.


(Questão 298 do Livro dos Espíritos)
A maior parte dos relacionamentos matrimoniais que se distinguem felizes, só o são, relativamente pelas afinidades de suas inclinações e instintos.
Apenas nas esferas superiores, advertem-nos a Espiritualidade, é que se encontra a verdadeira união e reciprocidade entre os espíritos.

União Feliz
Quando dizemos que ansiamos para encontrar a nossa "cara metade", estamos desejando uma relação a dois feliz. Pensamos encontrar alguém que nos complemente de todas as formas.
Geralmente marcada por resgates de provas ou expiações, é o tipo de união mais propenso no nosso estágio evolutivo. Com mais ou menos intensidade, dependerá de várias condicionantes pretéritas para determinar a sua complexidade.
Nas ligações terrenas encontramos as grandes alegrias; no entanto é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Isto porque, embora não percebamos de imediato, recebemos "quase sempre no companheiro da vida íntima os reflexos de nós próprios". (Emmanuel)
Através dos princípios cármicos - Lei da ação e reação - vamos resgatando nossos débitos através das provas, tentações, crises ou situações expiatórias.
Aquilo que passamos hoje, possivelmente, fizemos o nosso companheiro experimentar no passado.

As Responsabilidades Mútuas
Nos casos de aborto, a responsabilidade é comum quando de conhecimento mútuo.
Em casos de casais sem filhos, a causa poderá estar fundada em infertilidade de um dos cônjuges, ou de ambos, resultando em instabilidade emocional a nível familiar. Ou no caso de um dos dois não optar por filhos, tal gerará desentendimentos também a este nível. Tanto na primeira como na segunda hipótese a situação é delicada e poderá ser encontrada uma resposta através do passado espiritual.

Terapêutica: No primeiro caso a doutrina aconselha a adoção, pois nunca se saberá se os laços espirituais estarão próximos independentemente da consangüinidade. No segundo, é recomendada a paciência e o respeito pelo outro, ponderando em conjunto a melhor solução para a manutenção da família.

O Respeito e a cooperação em casa, nos afazeres domésticos, são importantes detalhes para a manutenção equilibrada e harmoniosa de uma relação conjugal. Principalmente, nos dias de hoje, que os jovens casais fracionam o seu dia entre o seu trabalho profissional e a casa e que, muitas vezes, se vêm confrontados com situações delicadas a este respeito. A formação por parte dos pais, por melhor que seja, nem sempre se ajusta às necessidades atuais, visto que as gerações vão modificando as suas expectativas.
A cooperação nas pequenas coisas deve ser constante na vida a dois, principalmente hoje, na vida moderna.


Diálogo
Através do diálogo e bom senso, o casal passa a conversar acerca das suas diferenças e mutuamente procuram um consenso.
A primeira condição para o sucesso do diálogo está em saber ouvir.
A falta de paciência de um dos cônjuges em ouvir o outro contribui para que haja mágoa, decepção, influindo negativamente no próprio relacionamento do casal.
E quando se diz dialogar é em tom baixo e respeitoso e não pendendo para a discussão.


Terapêutica: O diálogo é edificante, a discussão desestabilizadora. 

É de tal conveniência para a harmonia do casal que tanto o esposo quanto a a esposa reservem sempre tempo para conversar, seja à noite seja fins-de-semana.
É preciso não permitir que o diálogo torne-se cada vez mais raro.

O casal deve saber ceder.
Na convivência conjugal, nenhum deve deixar prevalecer a sua vontade de forma impositiva e nem deixar que o outro se anule para atender as suas exigências egoísticas.
Cada um tem a sua personalidade e consciência que precisam e devem ser respeitadas. Nenhum tem o direito de cercear a liberdade do outro, desde que esta não corrompa o respeito e as responsabilidades mútuas assumidas enquanto casal.
Infelizmente ainda possuímos o desejo de "limar" as imperfeições e defeitos do outro segundo os nossos critérios e modelos mentais.
Devemos aceitar as diferenças com carinho, respeito e dignidade.

As Diferenças entre os cônjuges
Não esperemos que o nosso cônjuge não tenha defeitos. Todos os temos. Bastará algum tempo de convivência para nos darmos conta dos defeitos dele e ele dos nossos.
A aceitação será o melhor caminho.
Sem dúvida o cônjuge poderá ajudar o outro a combater as suas más inclinações. Mas essa ajuda terá que ser dada com muito cuidado, de forma amiga, respeitosa, longe de terceiras pessoas, para não ferir a sua sensibilidade, caso contrário, será uma atitude profundamente infeliz e deselegante.
Infelizmente, constatamos muito mais as atitudes constrangedoras.
Para o cidadão comum, deveria representar um código de ética as atitudes baseadas na benevolência e indulgência; para nós espíritas, para além de um código de ética moral, representa uma atitude cristã.

Outro hábito anticristão é o de utilizar expressões depreciativas para os defeitos do cônjuge - incluindo também as brincadeiras de mau gosto. As qualidades é que devem ser exaltadas contribuindo para uma harmonia constante e admiração mútua entre o casal.

Alterações afetivas no Casamento
No princípio tudo é sonho - é Lua de Mel!
Depois o quotidiano se encarrega de moldar o nosso olhar para as experiências, retirando o véu de ilusões. Em muitos casos a afeição perdura e amadurece. Mas em uma esmagadora maioria a união se desencanta e aí verificamos se os cônjuges estão unidos verdadeiramente em espírito.
Com a chegada dos filhos, a situação agrava-se, pois o carinho e a afeição que está dividida entre duas pessoas, passa a ser partilhada por mais.
O casamento repentinamente promissor "adoece". Os desafios do quotidiano representam conflitos, moléstias, falhas de formação e temperamento.

Ciúme
A união conjugal deve estar apoiada na confiança mútua, conquistada e não imposta.
Confiança:
Motivos de abalo
  • Pequenas mentiras
    • (muitas vezes antes do casamento)
  • Traição
    • (dificilmente a confiança é reconquistada)
O cônjuge ciumento fere profundamente o outro quando por motivos infundados, arriscando o desgaste da relação e frequentemente provocando separações.
O ciumento é infeliz, vítima da sua insegurança.
Por outro lado, o cônjuge que é vítima do ciúme deve armar-se de muita compreensão para evitar o desgaste e a dissolução do casamento.

A doutrina nos orienta ajudando-nos a entender que muitas causas reais de males e aborrecimentos estão radicadas em vidas anteriores.

Terapêutica: Os cônjuges devem procurar a educação permanentemente para terem e concederem liberdade ao parceiro sem que venham a abusar dela.
Caso o desajuste seja de difícil solução deve-se sempre ponderar saídas alternativas à separação.

Crises na vida conjugal
Podem afetar ambos ou a um dos dois.
As causas podem ser as mais variadas, dentre as quais:

  • Problemas financeiros
    • (mais comuns)
  • Processo obsessivo
    • (não perceptível claramente)
Ambos os motivos podem gerar certa indiferença afetiva com evidentes repercussões no relacionamento conjugal.
O casal, principalmente o espírita, deve estar preparado para enfrentar estes momentos de crise, recorrendo a medidas preventivas que estão no Evangelho de Jesus, instruindo-se através das obras da codificação.

Problemas Financeiros - Costumam exercer grande influência no relacionamento conjugal, quando:
  • O marido deixar de colocar à disposição do lar o dinheiro necessário para as despesas normais.
  • Quando há controlo rígido por parte do marido acerca do dinheiro que disponibiliza para a esposa.
  • Por vezes torna-se problemático a mulher ganhar mais que o marido.
  • Quando há escassez ou excesso de dinheiro que possa influenciar a estabilidade emocional do casal.
A Doutrina Espírita fornece meios para que modifiquemos o nosso olhar para as diversas situações problemáticas, através do entendimento do presente, considerando as provas e expiações inerentes ao nosso passado espiritual. O ser ao deparar-se com a sua situação de vida motivada pela compreensão dos fatos, tornar-se-á mais resignado e prudente na sua conduta mental e ativa.
Estará mais motivado em todos os aspectos, fomentando a fé e a esperança no dia de hoje para que o amanhã seja mais promissor.

Portanto, não há passividade e sim atitude pacífica de aceitação e na confiança de que nada acontece por acaso.
Tanto na escassez como na abundância, o dinheiro representa um empréstimo que Deus confere aos homens para o uso ao bem geral. Alimentando paixões é desvirtuar-lhe a finalidade justa.
O dinheiro familiar deve ser empregue para a sua manutenção, sem deixar melindres tanto ao homem como à mulher, de reter a sua pequena porção para o seu uso pessoal.

Problemas obsessivos - Tanto a vítima da obsessão quanto o cônjuge, na maioria das vezes, nada percebem; porquanto os obsessores não criam o mal da vítima; apenas identificam as tendências e as estimulam de forma intensa e persistente procurando exacerbá-las.
Entre as várias conseqüências da ação obsessiva, a que ocorre com mais freqüência é a INFIDELIDADE CONJUGAL.
Os obsessores atraem para o obsedado, pessoas com necessidades afetivas e determinados desejos sensuais.
Passada a fase de júbilo, de grandes satisfações, os obsessores mudam de tática levando a vítima ao desinteresse gradual e à infelicidade incitando-o ao sentimento de culpa.

Terapêutica - Eis porque o casal deve cultivar o Cristo no Lar. O trabalho persistente na seara do bem, a oração constante e a harmonia em casa, são recursos de valor inestimável para proteger a família das investidas das entidades infelizes:
" Vigiai e orai para não cairdes em tentação " - disse Jesus.


Separação
O homem da atualidade tem encarado com muita naturalidade a separação conjugal, não exigindo motivos muito fortes para consumá-la - uma simples incompatibilidade de gênios.
À luz do Espiritismo, a separação se constitui em decisão muito séria, que só deve ser tomada em situações extremas.
A maioria dos casamentos na Terra, por serem provacionais, requerem muita renúncia para serem levados até ao fim.
Frequentemente os casais confundem diferenças de gostos e ideais com incompatibilidade. É muito raro que as pessoas não apresentem tais diferenças.
É necessário aprenderem a dialogar e a se respeitarem mutuamente, e assim poderão viver em paz no lar. Mas o egoísmo leva o casal a agir de forma antagônica.
Sob o ponto de vista espiritual é recomendado o esforço para melhorar-se a si próprio, tomando consciência dos seus defeitos corrigindo-os, auxiliará a melhoria da relação, possivelmente convertendo aversões do pretérito em razoável amizade.
A separação não será solução pois significará o protelamento de reajustes indispensáveis e, por conseguinte, a falência da união perante as Leis de Deus.
Quando envolve filhos, a separação pode significar profundas alterações de rariz imprevisível, desviando-os do curso da própria vida, em situações por vezes debilitantes e de graves conseqüências - vícios, desajustes psicológicos, etc.
Se for desejada por um dos cônjuges por fuga ao compromisso assumido, não haverá outra alternativa senão aceitá-la pacificamente.
Neste caso, se a relação implicava reajuste, àquele que sucumbiu ao seu compromisso será exigido resgate futuro.
Mesmo assim não devemos julgar os motivos de uma separação. Cada caso é um caso.


Romantismo
A preservação do romantismo é indispensável à consolidação da vida conjugal.
Muitas vezes o romantismo se dilui devido a vários fatores do quotidiano e envolvência excessiva pela rotina diária, conduzindo o afeto mútuo ao engano através de decepções, indiferença, desprezo, falta de diálogo, egoísmo, grosseria, maus tratos, infidelidade, etc.
A mente tem papel importantíssimo neste assunto. Se ela está voltada constantemente para a pessoa amada, nosso sentimento para com ela aumenta, evolui.
Lembra-se quando você estava apaixonado pelo seu companheiro?
Pequenos gestos são importantes e afastam a indiferença que afeta corrosivamente a relação a dois.
É muito importante continuar com as suas "pequenas investidas" no seu parceiro, tal como no princípio, mantendo a chama acesa.
Se a fase da vida não lhe permite vivenciar este romantismo, seja qual for a razão, então encontre na amizade e carinho pelo seu parceiro o caminho para o mais elevado sentimento de amor espiritual, dando-lhe muita ternura de forma prazerosa sem nada querer receber.
Jesus nos ensina que onde está o nosso tesouro aí está também o nosso coração.
Se um cônjuge considera o outro o seu tesouro, com ele estará o seu coração e toda a sua afetividade.


(Questão 298 do Livro dos Espíritos)
As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um  se reunirá?
"Não; não há união particular e fatal de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta a completa felicidade."

(Questão 303 do Livro dos Espíritos)
Podem tornar-se de futuro simpáticos, Espíritos que presentemente não o são?
"Todos o serão. Um Espírito, que hoje está numa esfera inferior, ascenderá, aperfeiçoando-se, à em que se acha tal outro Espírito. E ainda mais depressa se dará o encontro dos dois, se o mais elevado, por suportar mal as provas a que esteja submetido, permanecer estacionário."

(Questão 303 a) do Livro dos Espíritos)
Podem deixar de ser simpáticos um ao outro dois Espíritos que já o sejam?
"Certamente, se um deles for preguiçoso."
Kardec ainda complementa:

A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a empregaram. Necessariamente, limitado sendo o campo de suas ideias, exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. Não se deve, pois, aceitar a idéia de que, criados um para o outro, dois Espíritos, tenham, fatalmente, que se unir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo mais ou menos longo.


Fonte: Diálogos Espíritas / Junho de 2005  
CENTRO ESPÍRITA PERDÃO E CARIDADE - LISBOA
Autor : CRIS

domingo, 3 de junho de 2012

Mensagem :: Trabalho e Caridade

TRABALHO E CARIDADE

 

Trabalho e Caridade.

É imprescindível mover nossa mente no espírito de serviço e santificar o coração no amor.

Árduo o acesso às Fontes Superiores e curto o tempo de experiência construtiva no corpo.

E o tempo é campo sublime que não devemos menosprezar, pois cada homem é o resultado vivo de suas obras.

O trabalho movimenta; a caridade guia.

O trabalho renova; a caridade ilumina.

O trabalho modifica; a caridade socorre.

O trabalho instrui; a caridade educa.

O trabalho esclarece; a caridade santifica.

O trabalho alimenta; a caridade abençoa.

Com o trabalho o homem se engrandece; com a caridade, eleva-se para o Senhor.

Sem trabalho e sem caridade, a cada minuto da vida, não nos aprimoraremos.

Libertemo-nos da inércia espiritual, combatendo-a com duplicado fervor.

A consciência reta é nosso templo sublime.

Nesse templo vivo de nossa experiência, aprendamos a amar-nos, lealmente, uns aos outros, e o Senhor nos abençoará para sempre.Claudino dias / Médium Chico XavierLivro: Doutrina e Aplicação (extrato) - Ed. CEU

Mensagem para refletir, Pe Fábio de Melo


Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores, me faz pensar na beleza dos avessos… Às vezes, na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído a gente ser visto somente a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.

Isso é fascinante em Jesus! Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente.

Eu acredito e acho interessante isso: “que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, é o avesso, é o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas também tudo aquilo que ainda está oculto.” Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser!

Padre Fábio de Melo

Evangelho aos domingos ::


Boa noite, meus queridos irmãos!
Que a amor de Jesus, nosso irmão maior, habite em nossos corações e em nossos atos. Que a cada dia possamos ser cada vez mais AMOR.
Obrigada por tudo, Jesus. Obrigada.
Abençoá-nos com uma semana de paz, alegria e muitos sorrisos.
Olha por todos nós.
Assim seja.

Capítulo 13 – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS:  III – A Piedade

III – A Piedade
MICHEL
Bordeaux, 1862
            17 – A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos. É a irmã de caridade que vos conduz para Deus. Ah!, deixai vosso coração enternecer-se, diante das misérias e dos sofrimentos de vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que derramais nas suas feridas. E quando, tocados por uma doce simpatia, conseguis restituir-lhes a esperança e a resignação, que ventura experimentais! É verdade que essa ventura tem um certo amargor, porque surge ao lado da desgraça; mas se não apresenta o forte sabor dos gozos mundanos, também não traz as pungentes decepções do vazio deixado por estes; pelo contrário, tem uma penetrante suavidade, que encanta a alma.
A piedade, quando profundamente sentida, é amor: o amor é devotamento é o olvido de si mesmo; e esse olvido, essa abnegação pelos infelizes, é a virtude por excelência, aquela mesma que o divino Messias praticou em toda a sua vida, e ensinou na sua doutrina tão santa e sublime. Quando essa doutrina for devolvida à sua pureza primitiva, quando for admitida por todos os povos, ela tornará a Terra feliz, fazendo reinar na sua face à concórdia, a paz e o amor.
            O sentimento mais apropriado a vos fazer progredir, domando vosso egoísmo e vosso orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade, essa piedade que vos comove até as fibras mais íntimas, diante do sofrimento de vossos irmãos, que vos leva a estender-lhes a mão caridosa e vos arranca lágrimas de simpatia. Jamais sufoqueis, portanto, em vossos corações, essa emoção celeste, nem façais como esses endurecidos egoístas que fogem dos aflitos, para que a visão de suas misérias não lhes perturbe por um instante a feliz existência. Temei ficar indiferente, quando puderdes ser úteis! A tranqüilidade conseguida ao preço de uma indiferença culposa é a tranqüilidade do Mar Morto, que oculta na profundeza de suas águas a lama fétida e a corrupção.
            Quanto a piedade está longe, entretanto, de produzir a perturbação e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Não há dúvida que a alma experimenta, ao contato da desgraça alheia, confrangendo-se, um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas compensação é grande, quando conseguis devolver a coragem e a esperança a um irmão infeliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e recolhimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar ao céu, agradecendo por lhe haver enviado um consolador, um amparo. A piedade é a melancólica, mas celeste precursora da caridade, esta primeira entre as virtudes, de que ela é irmã, e cujos benefícios prepara e enobrece.

Comentário:

Esta bela mensagem vem nos ensinar e também reforçar o que já sabemos, porém ainda não praticamos tanto, que é o ato de solidarizar, de ter misericórdia e compaixão perante o sofrimento alheio. Quando pensamos que todas as virtudes são centelhas de amor, são pontos de luminosidade, que somadas, transcendem e se fundem magnificamente no sentimento mais puro, pleno e verdadeiro que é o AMOR. A piedade é assim, é a virtude por excelência. Quando nosso coração se comove diante da dor dos nossos irmãos mais necessitados, e dessa forma, agimos com o impulso da solidariedade, acalentando, acalmando e levando esperança e luz para nossos irmãos.
Quando agimos com piedade, estamos sendo caridosos.  Acreditamos que a piedade é aquela pontadinha que sentimos no fundo do coração e que nos deixa inquietos, abalando-nos intimamente, enternecendo-nos perante o sofrimento e a miséria dos nossos semelhantes. E após essa inquietação interna vem o impulso, a vontade de ajudar, de querer amparar e fazer dissipar-se toda aquela dor. Daí então, agimos de imediato, sem pensar nos dizeres alheios, desprendidos de qualquer pensamento maldoso e malicioso. Libertos de interesse, de qualquer julgamento, agindo sem ostentação. Apenas com o coração amoroso, humilde, iluminado, caridoso. Dessa forma, estamos agindo conforme os ensinamentos de Jesus, amando ao próximo como a nós mesmos e a Deus sobre todas as coisas.  “O sentimento mais apropriado a vos fazer progredir, domando vosso egoísmo e vosso orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor do próximo, é a piedade, essa piedade que vos comove até as fibras mais íntimas, diante do sofrimento de vossos irmãos, que vos leva a estender-lhes a mão caridosa e vos arranca lágrimas de simpatia.”
Não fechemos os olhos para aos dores do mundo, meus irmãos, digamos não à indiferença. Sejamos amor! Sejamos luz! Sejamos paz! Sejamos caridade!
Libertemos nossos corações do egoísmo e do orgulho. Comecemos a trabalhar pouco a pouco o exercício desta nobre virtude, a piedade. E este exercício começa dentro de nós, amados. Quando limpamos a impureza dos nossos corações, passamos a agir com mais doçura, com afabilidade, com mais verdade e amor. E passamos a respeitar o próximo tal como ele é, agindo com mais atenção, calmaria e acolhimento. Não há dúvida que a alma experimenta, ao contato da desgraça alheia, confrangendo-se, um estremecimento natural e profundo, que faz vibrar todo o vosso ser e vos afeta penosamente. Mas compensação é grande, quando conseguis devolver a coragem e a esperança a um irmão infeliz, que se comove ao aperto da mão amiga, e cujo olhar, ao mesmo tempo umedecido de emoção e recolhimento, se volta com doçura para vós, antes de se elevar ao céu, agradecendo por lhe haver enviado um consolador, um amparo.
Sejamos luzes, meus irmãos!
Fiquem com Deus e os anjos.
Boa noite!!!!
Abraços fraternos,
Equipe Tempo de Luz e Amor. 

          

Bem vindo, Junho!

Bem Vindo, Junho.!
Que seja um mês feliz, recheado de sorrisos, abraços e muitas conquistas.
ALEGRIA!

Boa noite, meus amigos e amigas!

O tema da próxima semana será A importância das pessoas: convivência, onde realizaremos um estudo, com base no Evangelho Segundo o Espiritismo e no LE, falando um pouco sobre as ligações familiares, relacionamentos familiares, amorosos, no trabalho, os resgates, as separações, entre outros assuntos que abordam a temática.

Durante a semana serão postados vídeos, mensagens, artigos, entrevistas etc. relacionados ao tema.

E no fim de semana, como vocês já sabem, será a apresentação do novo tema semanal e o nosso evangelho on-line aos domingos.

Jesus ilumine o coração de todos vocês. Sejam felizes!!!! Não desistam jamais!!!!!!!!!!!!!!!

Abraços de luz e esperança!! 

Queridos (as) amigos (as) que acompanham o blog, quero pedir desculpas, pois essa semana foi muito corrida, meu mouse ainda quebrou e postei algumas mensagens desformatadas e atrasei um pouco o conteúdo. Desculpem por esse corre corre.
Abraços e tenham um ótimo restinho de domingo.
Daqui a pouco teremos nosso evangelho on-line.
Fiquem com Deus!