terça-feira, 3 de abril de 2012

Tratamento Espiritual ::

Enfermidades

Carlos Toledo Rizzini

Moléstias orgânicas – em "Evolução para o Terceiro Milênio" – Edicel

1. Compreendemos que os desequilíbrios ou enfermidades do Espírito têm início com os abusos e afastamento da Lei Divina. Daí, em o nível de evolução da Terra, sofrimento ser conseqüência da violação da Lei. Toda moléstia é de origem espiritual, razão porque há doentes e não "doenças" propriamente ditas. A medicina terrena começou a compreender isso com o seu conceito de moléstia psicossomática, ou seja, a doença do corpo oriunda de um estado desajustado da mente (tensão, conflito), tal a úlcera péptica do estômago e duodeno e a pressão arterial alta.
Psicólogos materialistas e mentores espirituais concordam plenamente na afirmativa de que a Humanidade é constituída maciçamente de mentes enfermas. Dizem os primeiros, sobretudo os psicanalistas, que o homem sadio é uma avis rara, difícil de encontrar. Dos segundos, Emmanuel (Justiça Divina) esclarece que todas nós "somos doentes em laboriosa restauração", devido aos débitos contraídos noutras vidas, e acentua: "Todos somos enfermos pedindo alta". Não desanimemos. Por enquanto, a Terra é um planeta de provas e expiações, no qual renascem, em massa, espíritos falidos perante a Lei. Não é um lugar aprazível para uma doce vida, sem incômodos, embora possua recantos belíssimos; é, antes, um mundo de lutas evolutivas acerbas e dores múltiplas. Procuremos ,ver claro para não naufragarmos no mar das ilusões, que obscurecem a compreensão; busquemos o esclarecimento sobre: 1) a causa profunda das enfermidades; 2) a função retificadora que elas desempenham na vida do Espírito eterno - deixando de considerá-las como desgraça ocasional do momento que passa.

2. Caro leitor, não há injustiça no universo pois, Deus é amor, justiça e sabedoria – tudo impregnado pela perfeição suprema. Este principio fundamental leva a procurar a causa da enfermidade dentro de nós mesmos. Vimos que o sofrimento é resultante de, violações, erros e abusos, no curso dos quais a Lei Divina é desrespeitada e os deveres negligenciados. A prática do mal, a repetição de abusos, a acumulação de erros, os vícios, enfraquecem os centros de força do perispírito e geram lesões nele, que é sensível ao estado moral do Espírito.
Sabe-se hoje, depois das experiências do Prof. Hans Selve, que os estados de tensão muito prolongados originam lesões graves em vários órgãos. Informa Selve que as piores tensões são : ansiedade, frustração e ódio, capazes de produzirem úlceras gastroduodenais, arteriosclerose e hipertensão arterial, por exemplo. Ora, este conhecimento é experimental, adquirido pelo homem no laboratório de pesquisa utilizando ratos, cobaias e camundongos É muito para estimar e admirar que o querido instrutor André Luiz, em Sinal Verde, afirma exatamente a mesma coisa: "Quanto mais avança, a ciência médica mais compreende que o ódio em forma de ;vingança, condenação, ressentimento, inveja ou hostilidade está na raiz de numerosas doenças e que o único remédio eficaz contra semelhantes calamidades da alma é o específico do perdão no veículo do amor". Por incrível que pareça, esta última assertiva do espírito fora antes formulada pelo citado cientista ao declarar que: "Amar ao próximo é um dos mais sábios conselhos médicos de todos tempos". Percebe-se que a acentuação deslocou-se da religião para a ciência o Evangelho é também um código de medicina profilática. . .
Tal é a causa principal dos nossos males físicos e mentais: as lesões do corpo espiritual, enquanto não houver reparação das condutas malfazejas e mudança nas inclinações, serão transferidas para o corpo material, que renascerá doente de mil maneiras diferentes.
É o próprio modo de ser do indivíduo que não é sadio. Seus pensamentos, sentimentos e impulsos, de várias maneiras, afastam-no da normalidade - levando-o ao proceder incorreto e ao desequilíbrio conseqüente. Residindo, assim, os fundamentos da moléstia no íntimo das pessoas, não será possível obter a cura tão-somente pelo uso da medicação externa. Os remédios materiais, com raras exceções (fim de débito), não podem curar integralmente a ninguém; conseguem melhorar, aliviar, transferir o mal, mudar sua manifestação, eliminar algo - mas a cura há de proceder do poder criador do Espírito: "O espírito delinqüente será imperiosamente o médico de si mesmo" (André Luiz, No Mundo Maior). Daí, afirmar Emmanuel (Fonte Viva) que raros alcançam a cura completa, genuína: é mister apreciável cota de esforço próprio na renovação dos conteúdos mentais, para mudar as maneiras de pensar e de agir.

3. Temos aí moléstias orgânicas originárias de lesões perispirituais que surgiram de erros e abusos anteriores. Se o sujeito ingeriu veneno por sua deliberação, renascerá com a garganta pouco resistente a germes ou com o estômago lesado; se deu um tiro no coração, voltará atacado de uma cardiopatia congênita; se usou a inteligência como astúcia para aproveitar-se de outros, virá a ser débil mental ou padecerá de hidrocefalia; se foi dado à maledicência ou calúnia, terá mais tarde a língua maior do que a boca. E assim por diante. vemos a lei de causa e efeito em ação, no plano espiritual, determinando expiações.
Outros tipos de enfermidade física ocorrem, menos difundidos, porém, nos quais funcionam diferentes mecanismos.
Existem as doenças expiatórias, impostas ao reencarnante como indispensáveis a resgates necessários. É claro que nos exemplos acima temos também expiações.. Mas, neles, o indivíduo lesou a si mesmo e a moléstia corporal é uma expressão da lesão do perispírito. veja isto, leitor. Um indivíduo matou outro; como espírito, lutou ativamente pela própria regeneração e alcançou grandes méritos na prática do bem. Ao voltar ao mundo, recebe um coração defeituoso (que não tinha) para expiar o crime. Outro levou alguém à tuberculose fazendo-o expor-se continuamente a condições adversas; ao renascer, recebe pulmões sem resistência ao bacilo de Koch. De dois dementes, um poderá ser realmente louco (espírito perturbado) e o outro não, tendo apenas o cérebro desarranjado por necessidade de expiação. Um idiota poderá ter u espírito lúcido.
A diferença entre as duas modalidades só é nítida nos extremos, devendo haver muitas situações intermediárias menos definidas.

4. Um sem-número de lesões ou afecções se revelam derivadas de episódios de vidas passadas. Um evento destes, até muito antigo, ligado a situação interpessoal não resolvido, só mostra conseqüências no corpo físico em diversas vidas. Segue-se um exemplo que explicaria casos na área psicológica (Netherton). Certa mulher nova não só sentia dor no curso do ato genésico como também tinha verdadeiro horror ao mesmo; e, além disso, acordava costumeiramente de madrugada com cólicas abdominais; sintomas, portanto, físicos e psíquicos, aos quais se deve ajuntar uma infecção vaginal crônica rebelde ao tratamento ginecológico.
A regressão de memória semiconsciente, conservando a lembrança posterior dos fatos evocados, revelou que em existência bem anterior (numa "civilização primitiva"), em seguida ao adultério, o marido mandou prendê-la em jaula baixa, onde só cabia acocorada; tal posição determinou-lhe, então fortes e contínuas dores no ventre. Dias depois, por ordem dele, um médico seccionou-lhe o clitóris, sentindo, na ocasião, rápida dor lancinante; era seu intuito usá-la sexualmente sem que ela pudesse corresponder. E assim foi anulada a atividade erótica. Em vida subseqüente, descreve-se como jovem meretriz que atravessa triste episódio; apaixonada por certo homem, este, alcançando o próprio orgasmo, a deixa no momento- em que ia atingindo o clímax; ofende-a, então, gravemente com palavras pesadas. Confusa e frustrada, cai do alto da escada e é deixada sem socorro até morrer. Desta experiência procede sua desconfiança dos homens e da anterior o pavor das relações carnais; as dores são ainda seqüelas da gaiola baixa e da operação cruenta; a vaginite, complicação do ato cirúrgico séptico.
Vejam. Coisas muito antigas e ainda em vigor ! É que por detrás delas há um erro moral, já profligado em os Dez Mandamentos! Mas, muita gente assoalha que os tempos mudaram e que o mundo é diferente... O passado gravado nas profundezas das almas não sabe disso e emerge sob a forma de distúrbios psicossomáticos e de sintomas neuróticos ! Tal mulher - nossa irmã não mais errada do que somos em geral curou-se inteiramente: esgotaram-se-lhe os débitos mediante os sofrimentos que enfrentou até 1970, digamos. E, naturalmente, mudou a sua condição íntima, do mesmo passo.
É bom recordar que André Luiz conta a estória de dois espíritos bastante aprimorados que, não obstante, permaneciam no plano inferior. Querendo saber porque não conseguiam ascender, a análise do passado de ambos revelou que, cinco séculos antes, haviam lançado dois companheiros muralha abaixo, liquidando-os sumariamente. Tiveram que renascer, como pilotos de prova, para dar a vida pelo progresso da aviação, caindo no devido tempo... Consultem Ação e Reação, obra em que o querido instrutor menciona casos de débitos pendentes há mais de 1.000 anos, confirmando os achados da regressão de memória. Informa no Cap. VII:
"Conheço irmãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes, que se encontram animalizados, há séculos, nos despenhadeiros infernais." Não se imagine, porém, que estejam entregues à própria sorte; a despeito da revolta, os mensageiros divinos espreitam a oportunidade de resgatá-los das trevas para a luz.
Acabamos de fazer observar que vasta cópia de dissonâncias psicossomático-neuróticas promana dessa fonte, incluindo úlceras pépticas, enxaquecas, ejaculação precoce, impotência, frigidez, fobias, inibições, esclerose coronária, dispepsia, e mais o que seja: é um nunca acabar. Resultam, por assim dizer, de "sobras emotivas" de alguma existência passada, como diz K. Muller; repetindo: são lembranças arquivadas em estado inconsciente que estão carregadas de emoções perturbadoras, não integradas ao patrimônio psíquico e, portanto, ainda ativas. Segue-se que quando o paciente recorda tais episódios e libera a emoção reprimida, esta perde sua força traumática (ou virulência) - o que se consegue mediante a regressão de memória, usualmente hipnótica, ou quase consciente (Netherton), porque já se esgotou o débito cármico, ou pelo esclarecimento e prática do bem, segundo a orientação espírita, que leva a modificações definitivas do íntimo da alma.
4. Importante, embora menos espetacular, é o que André Luiz denomina restrições pedirias. São defeitos ou inibições funcionais que limitam atividades abusivas do organismo. Antes de encamar, prevendo sua queda num setor onde isso já ocorreu antes, o espírito solicita que certos órgãos ou funções sejam um tanto defeituosos, de modo a funcionarem em ritmo reduzido. Na carne, por mais que o sujeito queira exagerar no uso para obter prazer ou se lançar à prática do mal, não o consegue. E nada neste mundo livra-o da inibição solicitada...
É natural que o gastrônomo peça um estômago delicado ou lento, um intestino facilmente desarranjável, que o leve a limitar a ingestão de alimentos e bebidas. Que o fascinador queira, agora, ter feições mais grosseiras, que a ninguém venha atrair. Que aquele que se deixou levar pela intriga prefira voltar surdo; que o caluniador peça a mudez.

5. Uma última eventualidade, menos freqüente, é a da doença gerada pelo contato íntimo com um espírito perturbado, geralmente inconsciente do seu estado, cujo perispírito conteria lesões oriundas da vida material, Estabelecida a sintonia, as sensações mórbidas transmitem-se ao encarnado, que passa a sentir-se enfermo sem o estar. É o caso da moça que um dia começou a cair facilmente; uma vidente percebeu sobre os ombros dela, um espírito montado, o qual, incorporado, revelou ser o pai dela e não ter consciência da situação. Ora, o velho sofria de forte artrite nos joelhos e não podia andar; doutrinado, acabou deixando a filha livre. Ou do indivíduo que entra a tossir, a escarrar, a ter febrícula à tarde, como se estivesse tuberculoso; quem o está fazendo sentir-se doente é o espírito que se lhe aderiu à aura, e que morreu naquele estado, conservando as sensações doentias e transferindo-as ao encarnado que está sintonizado com as vibração dele. Foi o que Inácio Ferreira denominou intoxicação fluídica, em sua obra pioneira.
A Profa. Helena de Carvalho (J. E. 45: 9, 1979) dá o nome de "contaminação fluídica" a semelhante mecanismo morbígeno e sugere que tais casos "são bem mais freqüentes do que se supõe, principalmente nesta época de perturbações excessivas". Cita, como exemplo, o sucedido com certo indivíduo que atendeu outro em plena crise asmática. Saiu de braça dado com ele, amparando-o. O doente foi melhorando a pouco e pouco. Não demorou a ir-se, enquanto o pobre socorrista ficou a chiar com forte falta de ar... Passou para ele o obsessor inconsciente do seu próprio estado, cujas sensações patológicas transmitia aos encarnados que com ele entravam em adiantado grau de sintonia vibratória.
Uma variante original da presente patogenia foi comunicada pelo Dr. Hernani G. Andrade (I.B.P.P., SP, monografia n. 3, 1980). Devia reencarnar um ex-suicida que ingerira formicida. A futura mãe, avisada em sessão mediúnica, tomou-se, naturalmente, de apreensões quanto à sanidade do próximo filho, prevendo-o defeituoso. No entanto, o mentor espiritual esclareceu que se ela estivesse disposta a fazer tal sacrifício pelo espírito reencarnante, a criança nasceria normal - agregando que ela é quem iria sofrer as conseqüências do antigo envenenamento. E foi o que sucedeu! Contou dita senhora que durante a gravidez "minha boca ficava em feridas, em carne viva. Eu sentia que era roída por dentro e então caía. Minha irmã disse que às vezes eu começava a tremer e parecia estar morrendo... " Sentia o gosto e o cheiro da formicida, queimação no estômago, vômitos, etc. Tudo desapareceu após o parto; o suicídio fora induzido por um obsessor - mas a criança nasceu perfeita e com 5 kg. Era agora uma menina que, quase 6 anos antes, fora irmão da sua mãe atual e que se matara aos 28 anos, tendo crescido como bela e forte (aos 17 anos) jovem cujas inclinações se revelavam preferentemente masculinas.
Não que deixasse de ser feminina, mas inclinava-se por roupas, corte de cabelo e brincadeiras de menino e, depois, não era dada a namoricos. . .
Nos casos em que o obsessor, movido por ódio intenso, envia descargas fluídicas constantes sobre a vítima, produzindo uma doença sem base física no próprio doente, Manoel P. de Miranda (Nos Bastidores da Obsessão, FEB, 1970) dá o nome de moléstia-simulacro a tal estado mórbido. É assim que uma pessoa "fica" leprosa e é internada em leprosário por apenas apresentar a aparência de hanseniana; bom meio de isolar alguém e levá-lo ao suicídio... A vítima, estando sintonizada pela culpa com o agressor e tendo a mente preparada pela hipnose, seguindo o desejo do obsessor, pode exibir os sinais da morféia. Aí, o tratamento é espiritual, mediante a transformação íntima de ambos.

6. É oportuno procurarmos entender a significação das multas que geramos em nós mesmos, que são a imensa maioria.
A verdade é que o sofrimento, longe de ser uma desgraça ocasional, "tem função preciosa nos planos da alma", esclarece o citado Emmanuel. Ele surge como uma conseqüência de erros e violações, mas dispôs a Providência Divina que ele fosse mais do que isso: que tivesse uma função retificadora dos desequilíbrios do espírito e das lesões corporais. Por isso, apresenta patente utilidade ao homem que sofre: sem ele, este não poderia se reajustar, seria difícil acordar a consciência para a realidade superior - o sofrimento é o "aguilhão benéfico", diz o Irmão x (Luz Acima). Deriva daí que a nossa atitude frente à dor Que nus avassala, se a compreensão das leis superiores da Vida nos felicita a alma, deverá ser de conformação lúcida. Esta atitude, a única produtiva sempre que o sofrimento não puder ser removido pelos recursos dá inteligente indústria humana, concorda com a necessidade de observar dois conselhos básicos de Emmanuel (Fonte viva):
  1. O doente (todos nós...) precisa envidar esforços para deixar de ser triste, desanimado, revoltado, odiento, raivoso, etc. ; como vimos acima, estados de ódio e de ansiedade lesam o corpo e a alma, o desânimo entorpece as forças desta, a maledicência consome as energias, e assim por diante. Urze renovar-se intimamente, mudar as disposições psíquicas. Se não, o remédio externo pouco poderá fazer a nosso favor; se houver melhoras, é preciso não regressar aos abusos anteriores; caso em que não haverá cura.
  2. Importante, muito importante é que aprendamos a não pedir o afastamento da dor: ela é o amargo elixir da regeneração do espírito faltoso. Devemos, isto sim, rogar forças íntimas para suportá-la com serenidade e valor a fim de que não percamos as vantagens que nos trará no capítulo da recuperação. É preciso aprender a aproveitar os obstáculos que criamos e, para isso, podem-se pedir recursos ao Alto - sempre que os recursos da Terra falharem; acontecendo isto, a resignação consciente é chamada a intervir
Em síntese, a enfermidade é produto derivado das violações que conscientemente praticamos ao escolher o caminho do mal de maneira voluntária. Hoje, temos que enfrentar as conseqüências disso, isto é, o sofrimento. Este representa, ao mesmo tempo, a expiação e o tratamento, porquanto, tem função medicinal por servir ao reajustamento do espírito culpado, logo doente.
É lícito procurar a medicina terrena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido; assim como a Misericórdia Divina pô-la ao nosso alcance, embora com certas limitações sociais e econômicas, que servem de provas ao espírito em processo de cura definitiva. Mas, em todos os casos, para quem já adquiriu certa compreensão dos níveis superiores de Vida, mais do que isso é necessário. Faz-se mister cuidar da erradicação do mal que opera em nós ainda hoje. E, para tanto, o esforço pessoal torna-se indispensável: o serviço de aproveitamento das lições evangélicas - como orar, auxiliar, desapegar-se de posses e posições, trabalhar pelo bem, etc. é individual e intransferível. Com ele, mudam as nossas tabelas de valores: a solidariedade, a cooperação, a contenção das paixões ou impulsos, o sacrifício, a renúncia, o serviço prestado, a conformação, assumem a significação de normas de vida. É só então que Jesus, o Mestre da Terra, curará os males para todo o sempre.
7. É, em suma, a doença (e o sofrimento) muito importante no Processo de redenção do espírito humano pondo a este de acordo com a Lei que rege a evolução no Universo. Não se trata de entronizar o sofrimento, de conferir primazia às desgraças, e coisas assim. O Espiritismo pura e simplesmente esclareceu o papel da dor na vida humana; ninguém a procura, mas quando ela desponta cumpre dar-lhe o tratamento adequado para que ela não venha a ser, realmente, "uma desgraça completa". A intensidade da dor é proporcional à atitude íntima do sofredor, ao seu estado de espírito: tanto mais forte quanto mais insubmisso ele for. Para quem só conhece a vida terrena, o sofrimento parece interminável e desesperador muitas vezes; tal pessoa julga-se vítima de toda a desgraça possível. A certeza da vida espiritual e a fé no poder superior, levando à compreensão e aceitação da dor como resultado de erros passados e instrumento de redenção, gera o estado de oração que facilita tudo. Bom será ir mudando de ponto de vista, dando acentuação aos aspectos espirituais da vida, de modo que a vida material vá diminuindo em importância diante das necessidades evolutivas do espírito eterno: o amanhã vem aí e logo será hoje...
Uma violenta cólica renal dói bem menos quando dizemos do fundo da alma: "Pai Infinito, seja feita a tua vontade e não os meus caprichos... sei que a dor é necessária à correção dos meus desvios... ampara-me para que eu saiba suportá-la sem revolta, aproveitando-a para o meu soerguimento como Teu filho!" Uma das faltas tidas como mais graves é a revolta da criatura contra o Criador, a ausência de submissão à vontade divina (O Evangelho Segundo o Espiritismo); logo, se considerarmos Deus injusto, se murmurarmos contra as aflições do caminho, etc., ao invés de aproveitá-las para o nosso adiantamento, aumentaremos a dívida e teremos de recomeçar mais tarde, tantas vezes quantas forem necessárias para nosso desprazer e angústia. vamos, em conclusão, viver na Terra de olhos fitos no Alto, fazendo desta vida uma contínua preparação para a outra, buscando o que seja motivo de elevação e largando o que nos amarre aos círculos inferiores de lutas e sofrimentos. As maiores dificuldades e obstáculos estão dentro de nós mesmos.

8. Uma última observação, não menos importante: para o espírito superiormente evoluído, o sofrimento é mera contingência natural dos planos inferiores de existência e não merece maior consideração; não recebe daquele qualquer relevância. Muitos missionários descem da Espiritualidade Superior movidos pelo amor aos semelhantes retardatários, para o desempenho de tarefas que incluem necessariamente o sofrimento e até em doses fortes. Enfrentam-no como condição natural do mundo material a fim de darem cumprimento ao objetivo designado, que lhes foi atribuído pelo Poder Supremo. Vejam os antigos profetas e os primitivos cristãos, que vieram à Terra implantar o Evangelho do Senhor; não havia tortura que os afastasse do caminho do testemunho de amor ao próximo e da submissão a Deus e a Jesus. O que sofreram Pedro, Paulo, Francisco de Assis, Kardec, Gandhi, o nosso Chico, etc., serve de exemplo para o auspicioso fato de que a dor só impressiona desfavoravelmente ao devedor e ao involuído, ou seja, ao doente e ao fraco. Para o ser da Esfera Mais alta, ela é simplesmente um fator peculiar aos mundos dominados pelo apego à matéria e, logicamente, quem desce a tais planos fica sujeito a suportá-lo. Eis tudo.
Vejam as excursões de André Luiz e seus mentores aos círculos de sombra: tiveram naturalmente de agüentar o peso e a densidade da atmosfera local e os desmandos dos habitantes dali, inclusive prisão em uma cela. Mas, estavam a serviço do amor universal e o sofrimento era uma injunção natural, um preço decorrente do estado de perturbação do ambiente. Também os nossos amigos e mentores descem até nós enfrentando vibrações viscosas e nenhum se queixa: movem-os o poder mais forte do Amor, do Bem e da Luz...

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Por que ficamos doentes?

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Cirurgias e curas mediúnicas

Enrique Baldovino

Esta matéria foi veiculada na cidade de Foz do Iguaçu no jornal leigo "A Gazeta do Iguaçu", de julho/97, por ocasião da chegada em nossa região, de vários médiuns ditos "espíritas", que ofertavam e prometiam ao público em geral, através das rádios, jornais etc., "operações e curas espirituais".

PERGUNTA: O Centro Espírita deve desenvolver atividades de cirurgia mediúnica?
DIVALDO PEREIRA FRANCO: Transformarmos o Centro Espírita em pequeno hospital para atendimento de todas as mazelas é uma temeridade, uma loucura. Isso seria um desvio da finalidade da prática do Espiritismo. Podemos, sim, fazer uma atividade de atendimento a doentes que são portadores de problemas na área da saúde espiritual. Poderemos aplicar-lhes passes, doar-lhes a água fluidificada, se for o caso, embora não sendo essa terapêutica a condição precípua do Centro Espírita. A função principal do Centro Espírita é iluminar a consciência daqueles que o buscam e, quando na área da prática do Espiritismo, atender as pessoas necessitadas de todo jaez.
Chico Xavier, que eu sabia, é a maior antena transreceptora na área da mediunidade, do século. No entanto, está assistido por médicos terrestres. Ele tem um médico cardiologista, um clínico geral, seu amigo, um urologista etc. O Espírito do Dr. Fritz quis cirurgiá-lo, em 1965, através do médium não espírita Arigó: - Eu te ponho bom desse olho. Faço-te a cirurgia agora! O Chico respondeu-lhe: - "Não, isso é um carma. Eu sei que o senhor pode consertar o meu olho. Mas como o carma continuará, vai aparecer-me outra doença. Como eu já estou acostumado com essa, eu a prefiro. Por que eu iria querer uma doença nova?" (W.O.A.).

PERGUNTA: Como se encaram as cirurgias astrais?
DIVALDO FRANCO: - Acreditamos que as cirurgias astrais são válidas, desde que o paciente esteja com o seu carma liberado. Daí, constatar-se que nem toda interferência ;de ordem espiritual, no campo cirúrgico, dá o resultado que seria de esperar-se. Aliás, mesmo no Evangelho, encontramos uma referência: nem todos aqueles que buscaram Jesus foram curados, porque tinham dívidas, e essas dívidas não estão resgatadas, é óbvio que a cura não se poderia dar.

PERGUNTA: Há um velho conceito de que o Espiritismo tem sido vítima de muitos mistificadores, especialmente os chamados curandeiros, benzedores etc. Até onde, como e quando o Espiritismo pode realmente curar doenças, do corpo ou do Espírito?
DIVALDO FRANCO: As ciências não passaram incólumes aos mistificadores, as artes, as correntes filosóficas, nem tampouco as diversas religiões. Natural que o Espiritismo servisse de campo, também, por fenômeno natural, a pessoas desonestas, inescrupulosas. O objetivo essencial do Espiritismo é "estudar as origens do Espírito, sua natureza, seu destino e as relações que existem entre o mundo corporal e o mundo espiritual", explicando a vida espiritual à luz da lógica e da razão. Por conseqüência, conclamando a uma renovação interior, auxilia-o a libertar-se de inúmeras enfermidades, particularmente por meio da fluidoterapia, auxiliando e libertando os portadores de obsessões para os quais até o momento a Ciência Oficial não tem conseguido mais expressivos resultados. Sabemos que "há doentes e não doenças", conforme o conceito da hodierna Psicossomática. Logo, ;o problema está no espírito e não no corpo. Desde que o espírito se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito durante a jornada humana, se depura, se renova, se liberta dos fatores predisponentes e preponderantes que levam às enfermidades de portes os mais variados (In "Viagens e Entrevistas", D.P.F.).

Foz do Iguaçu
(Jornal Mundo Espírita de Fevereiro de 1998)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

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O Que é Água Fluidificada?


A água fluidificada é a água normal, acrescida de fluidos curadores. Em termos de Espiritismo, entende-se por água fluidificada aquela em que fluidos medicamentosos são adicionados à água. É a água magnetizada por fluidos.

Quem faz a fluidificação da água?

Em geral, são os Espíritos desencarnados que, durante as sessões de fluidoterapia, fluidificam a água, mas a água pode ser magnetizada tanto pelos fluidos espirituais quanto pelos fluidos dos homens encarnados, assim como ocorre com os passes, sendo necessário, para isso, da parte do indivíduo que irá realizar a fluidificação, a realização de preces e a imposição das mãos, a fim de direcionar os fluidos para o recipiente em que se encontrar a água.

Como é feita a fluidificação da água? 

A água é um dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura, em que a medicação Espiritual pode ser impressa. O processo é invisível aos olhos mortais, por isso, a confiança e a fé do paciente são partes essenciais para que tratamento alcance o efeito desejado. A água é um ótimo condutor de força eletro-magnética e absorverá os fluidos sobre ela projetados, conserva-los-á e os transmitirá ao organismo doente, quando ingerida. A água fluidificada expande os átomos físicos, ocasionando a entrada de átomos espirituais, ainda desconhecidos, e que servem para ajudar na cura.

Procedimentos para a fluidificação da água

Veja o artigo Como Fluidificar a Água.

Tipos de fluidificação da água 

  • Fluidificação Magnética: É aquela em que fluidos medicamentosos são adicionados na água por ação magnética da pessoa (encarnada) que coloca suas mãos sobre o recipiente com água e projeta seus próprios fluidos.
  • Fluidicação Espiritual: É aquela em que os Espíritos aplicam fluidos (sem intermediários) diretamente sobre os frascos com água. Na Fluidificação Espiritual a água não recebe fluidos magnéticos do indivíduo encarnado, mas somente os trazidos pelos Espíritos. A Fluidificação Espiritual é a mais comumente utilizada nos Centros Espíritas. 
  • Fluidificação Mista: É uma modalidade de fluidificação onde se misturam os fluidos do indivíduo encarnado com os fluidos trazidos pelos Espíritos.
Como vimos, o processo de fluidificação da água independe da presença de médiuns curadores, pois os Espíritos podem aplicar os fluidos sem intermediários, diretamente sobre os frascos com água, além disso, qualquer pessoa pode fluidificar a água, basta ter fé e concentrar-se naquilo que estiver fazendo, projetando assim os seus próprios fluidos e recebendo o auxílio da Espiritualidade amiga, sempre presente.

Ação da água fluidificada no organismo 

A água é uma molécula polar composta e é facilmente absorvida no nosso organismo. Por isso e aproveitando-se de algumas de suas propriedades (tensão superficial, condutividade elétrica e susceptibilidade magnética), é usada como agente do tratamento de fluidoterapia.
Todas as reações que acontecem no nosso organismo são em soluções aquosas, e as proteínas, membranas, enzimas, mitocôndrias e hormônios somente são funcionais na presença desta substância (água).
A ciência denomina a água de “Líquido Vital”. Uma vez fluidificada e ingerida, a água pode provocar os seguintes efeitos:
  • Inibição da formação de radicais livres, ou seja, diminuição dos processos oxidativos celulares, diminuição da taxa de produção de gás carbônico, aceleração dos processos de fagocitose, incremento na produção de linfócitos (células de defesa);
  • Observa-se na membrana celular uma maior mobilidades de íons Sódio e Potássio, melhorando o processo de osmose celular, tendo um efeito rejuvenescedor no organismo. Há uma distribuição no mecanismo de transporte de vários tipos de cátions, como é o caso do cálcio;
  • Efeitos sobre os hormônios receptores, ativação dos linfócitos por antígenos e várias lecitinas. O processo de polarização magnética induzida (imantação) da água no organismo produz a captura e precipitação do cálcio em excesso no meio celular;
  • Reposição da energia espiritual, renovando a estrutura perispiritual.
A terapêutica com a água fluidificada traz muitos benefícios ao organismo, apesar de não poder parar ou regredir as doenças geradas por resgates, doenças crônicas e degenerativas, porém facilita a ação medicamentosa e tem se mostrado eficiente na cura das doenças psicossomáticas. 

Conclusão 

A água fluidificada, portanto, é uma água magnetizada, principalmente, pelos Espíritos, contendo, assim, alterações ocasionadas pelos fluidos salutares ali colocados e direcionados para o equilíbrio de alguma enfermidade física ou espiritual.
Para cada paciente o fluido medicamentoso será específico não só para a sua enfermidade física, mas também para as necessidades espirituais de cada um. Deve ser usada como um medicamento. Manda o bom senso que não se utilize remédios sem necessidade, portanto, da mesma maneira, só deve usar a água fluidificada quem de fato estiver necessitando dela. Tudo em excesso faz mal, não é mesmo.
Fonte: Mediunidade Sem Preconceito. Autor: Edvaldo Kulcheski


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Animação que mostra um pouco como é o funcionamento da casa espírita quanto aos tratamentos.

Atendimento fraterno, Joanna de Angelis


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ÁREA DO ATENDIMENTO ESPIRITUAL“Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos que Eu vos aliviarei.” 
Mateus 11, 28

Finalidade: Acolher as pessoas, por meio de ações fraternas e continuadas, de conformidade com os princípios do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, oferecendo aos que frequentam o Centro Espírita – em especial aos que o procuram pela primeira vez – o apoio, o esclarecimento, a consolação e o amparo de que necessitam para vencer as suas dificuldades.

Abrangência da Área:

• Recepção:

Consiste em receber os que chegam ao Centro Espírita, de forma fraterna e solidária, conforme orienta o Evangelho à luz da Doutrina Espírita.

• Atendimento Fraterno:
O Atendimento Fraterno pelo Diálogo consiste em receber fraternalmente aquele que busca o Centro Espírita, dando-lhe a oportunidade de expor, livremente e em caráter privativo e sigiloso, suas dificuldades e necessidades.

• Explanação do evangelho à luz da Doutrina Espírita: 
É uma reunião pública para a explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, de maneira programada e com uma sequência de trabalho previamente estabelecida.

• Atendimento pelo passe:O Passe, à luz da Doutrina Espírita, é uma transmissão de energias fluídicas de uma pessoa – conhecida como médium passista – para a outra pessoa que as recebe, em clima de prece, com a assistência dos Espíritos Superiores.

IrradiaçõesÉ uma reunião privativa de vibração em conjunto para irradiar energias de paz, de amor e de harmonia, inspiradas na prática do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, em favor de encarnados e desencarnados carentes de atendimento espiritual.

Evangelho no larÉ uma reunião semanal da família, em dia e hora previamente estabelecidos, para o estudo do Evangelho à luz da Doutrina Espírita e a oração em conjunto.

Implantação do Evangelho no larAtividade de apoio à implantação de reuniões do Evangelho no lar. 



domingo, 1 de abril de 2012

Evangelho aos domingos ::

Boa noite, meus irmãos (as)!
Que Jesus, nosso irmão de luz, nos envolva em teu seio protetor e que tua luz ilumine nossos caminhos, abençoando-nos, confortando-nos, fortalecendo-nos. 
Deus esteja conosco sempre!
Abençoa, Senhor, nossa casa, nossa família, nossos amigos, nossos animalzinhos, todos quem amamos e até quem não nos aproximamos tanto. Cuida de nós, Pai.
Assim seja.

Nossa mensagem de hoje é : "Fazer o bem sem ostentação".
Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec. Tradução de José Herculano Pires.
Cap VIII - Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa mão direita -

Fazer O Bem Sem Ostentação
                1 – Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos Céus. Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas quando dás a esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola fique escondida, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4).
            2 – E depois que Jesus desceu do monte, foi muita a gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles. (Mateus, VIII: 1-4).
            3 – Fazer o bem sem ostentação tem grande mérito. Esconder a mão que dá é ainda mais meritório, é o sinal incontestável de uma grande superioridade moral. Porque, para ver as coisas de mais alto que o vulgo, é necessário fazer abstração da vida presente e identificar-se com a vida futura. É necessário, numa palavra, colocar-se acima da humanidade, para renunciar à satisfação do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que preza mais a aprovação dos homens que a de Deus, prova que tem mais fé nos homens que em Deus, e que a vida presente é para ele mais do que a vida futura, ou até mesmo que não crê na vida futura.. Se ele diz o contrário, age, entretanto, como se não acreditasse no que diz.
            Quantos há que só fazem um benefício com a esperança de que o beneficiado o proclame sobre os telhados; que darão uma grande soma à luz do dia, mas escondido não dariam sequer uma moeda! Foi por isso que Jesus disse: “Os que fazem o bem com ostentação já receberam a sua recompensa”. Com efeito, aquele que busca a sua glorificação na Terra, pelo bem que faz, já se pagou a si mesmo. Deus não lhe deve nada; só lhe resta a receber a punição do seu orgulho.
            Quem a mão esquerda não saiba o que faz a direita é uma figura que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se existe a modéstia real, também existe a falsa modéstia, o simulacro da modéstia, pois há pessoas que escondem a mão, tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados pelos homens, que não lhes acontecerá perante Deus? Eles também já receberam as suas recompensa na Terra. Foram vistos; estão satisfeitos de terem sido vistos; é tudo quanto terão.
            Qual será então a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe exige de qualquer maneira testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição ao exaltar o preço dos sacrifícios que suportou por ele? Oh!, para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome, o que é um primeiro castigo para o seu orgulho. As lágrimas que estanca, em proveito da sua vaidade, em lugar de subirem ao céu, recaem sobre o coração do aflito para ulcerá-lo. O bem que faz não lhe aproveita, desde que o censura, porque todo benefício exprobrado é moeda alterada que perdeu o valor.
            O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceite um serviço mas recuse a esmola. Converter um serviço em esmola, pela maneira por que é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e habilidosa para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre, porque todo choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade. Ela sabe encontrar palavras doces e afáveis, que põe o beneficiado à vontade diante do benfeitor, enquanto a caridade orgulhosa o humilha. O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.

Comentário:
Quando nos é dito  “Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles(...) não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem honrados dos homens(...)”, nos é ensinado o valor da caridade verdadeira, e não da caridade por ostentação. Tomarei um exemplo real, quando nos é mostrado diante da televisão, um de nossos irmãos com uma maior condição financeira, ‘doando’ rios de dinheiro para instituições de caridades, com grandes festas e milhares de espectadores, isso é algo usado para ‘passar a imagem’ de alguém que este mesmo não é. A caridade verdadeira não precisa sentir essa necessidade de ostentação, a doação vem do prazer de ajudar, e não dos aplausos dos homens e da aprovação da sociedade.

Quando o leproso veio a Jesus e pediu auxílio, Jesus o fez apenas dizendo  “Guardai-vos de falar disto a alguém, mas ide vos mostrar aos sacerdotes e oferecei o dom prescrito por Moisés, a fim de que isso lhes sirva de testemunho”, podemos entender de suas palavras que Jesus não o curou por buscar fama, ele o curou pelo ato de bondade. Quando ele pede ao leproso que vá mostrar aos sacerdotes, o que isso significa? Nos tempos em que Jesus estava na terra, os leprosos eram excluídos da sociedade, e precisavam de uma aprovação dos sacerdotes para trabalhar e voltar à sociedade quando estes estiverem curados. Dessa forma, Jesus pediu apenas que ele fosse mostrar que estava curado e podia retornar.

Então meus irmãos, devemos fazer o bem sem olhar a quem. Devemos ter fé em Deus e devemos também manter a nossa humildade acima de tudo.
"O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita."
 Vamos nos libertar do orgulho e abrir o coração para os ensinamentos de Jesus. Sejamos tal como os pobres de espírito, "porque deles é o reino dos céus".
“Humildade é independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito. Cultivá-la é avançar para frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo”  Emmanuel.
Fiquem com Deus, boa noite meus irmãos!!!
Equipe Tempo de Luz e Amor.


Van Gogh - Seara com Ciprestes


Quero felicitar Abril, que seja um mês feliz, repleto de coisas boas.
Desejo paz, saúde e tranquilidade!

Todos os dias devem ser santos para o verdadeiro cristão.


Capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE): "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo; (...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem. Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração". 



SEMANA SANTA

Esta semana, que a Igreja Romana considera santa, comemora-se a paixão e a morte de Jesus Cristo.
Essa fúnebre solenidade da paixão, dos sofrimentos e da morte de Jesus Cristo, ora se celebra em março, ora em abril.
Comemora-se sempre o seu nascimento no dia certo, 25 de dezembro, porém, a sua morte não é comemorada em dia, semana e mês certos.
Por decreto do Concílio de Nicéia, reunido no ano 325, o dia da Páscoa, do qual dependem todas as demais festas móveis do ano eclesiástico, deve ser celebrado no domingo depois da primeira lua cheia da primavera. É considerada pela Igreja Romana a maior solenidade do ano eclesiástico.
É muito estranhável e nada justifica essa resolução da Igreja naquele Concílio.
Na quinta-feira Jesus deveria ter realizado a última ceia pascal com os seus amados discípulos. E a Igreja ainda hoje comemora a solenidade da Páscoa, que o próprio Jesus, como judeu, celebrou e que não foi instituída absolutamente por Ele.
A Páscoa é uma antiga festa nacionalista dos judeus, em que celebravam a libertação de todo o seu povo do cativeiro egípcio, quando Moisés conseguiu a permissão do Faraó para abandonar as terras do Egito, emigrando do interior desse país em busca das Terras Sonhadas da Promissão.
A Páscoa é a festa da independência, da liberdade, da consolidação das instituições nacionalistas judaicas, da vitória espiritual da raça, alcançada por esse povo sofredor e admirável e de ânimo forte, que é o povo judeu, que, de escravo no Egito, passou a povo livre, tempos depois, nas terras sagradas da Palestina.
A Páscoa representa a passagem, quase a pé enxuto, do Mar Vermelho, de todo o heróico povo judeu conduzido pelo grande Moisés, quando emigrou do país onde vivia como escravo, perseguido, logo mais, pela poderosa cavalaria egípcia, que não o alcançou graças à maré enchente daquele Mar. Páscoa significa passagem. A Igreja de Roma alterou esta grande solenidade caracteristicamente judaica e incorporou-a às suas instituições humanas.
Nada tem a Páscoa de cristã.
Os espíritas não celebram a Páscoa, porque não são judeus, nem consideram esta semana como santa, porque não são católicos. Não jejuam, comendo apenas peixe. O jejum não é material, é espiritual. O peixe é um ser que tem tanto direito à vida como o boi, a galinha, o peru, o carneiro e o porco.
Os dias desta Semana são iguais aos da passada e aos da futura. Não queremos ter uma semana santa de comemorações materiais…
Desejamos santificar todos os dias do ano pela prática constante do bem, amando a Deus e ao próximo, tornando-nos sempre úteis aos nossos semelhantes, servindo-os e assistindo-os nas suas necessidades com emoção e desinteresse.
Todos os dias devem ser santos para o verdadeiro cristão.
Se o Cristo ressuscitou, se é Espírito e Vida, se está hoje mais vivo do que nunca em nossos corações, por que comemorar a sua morte, o seu sacrifício infamante na madeiro entre dois pecadores?
Se Ele foi grande na sua morte, foi maior na sua ressurreição e muito mais ainda na sua vida de pureza e de santidade, vida divina que todos devemos imitar.
 

Djalma Montenegro de Farias 
(Extraída do Livro Obras Completas de Djalma Farias)
Boa noite, meus amigos e amigas!

O tema da próxima semana será Tratamento Espiritual, onde abordaremos desde o atendimento fraterno na casa espírita, à evangelho-terapia, os passes, o tratamento de cura e desobsessão, as doenças etc. 

Durante a semana serão postados vídeos, mensagens, artigos, entrevistas etc. relacionados ao tema.

E no fim de semana, será a escolha do novo tema semanal e o nosso evangelho on-line aos domingos.

Aguardem um instante que daqui a pouco iniciaremos nosso evangelho, perdão pelo horário de hoje, pois tivemos alguns imprevistos.

Mas estamos de volta ao trabalho =)

Fiquem com Deus e os anjos. Tenham um feliz restinho de domingo e uma semana de luz e paz!
Abraços fraternos!
Boa noite,